Inicialmente, a tecnologia será utilizada em programação não roteirizada, como notícias, esportes e reality shows em plataformas como Max, CNN e Discovery+. A WBD alega que o sistema pode reduzir o tempo de criação de legendas em até 80% e os custos de legendagem em até 50%. Ainda haverá uma revisão humana para garantir a qualidade, e a empresa afirma que esse processo ajudará a aprimorar e treinar o fluxo de trabalho do Caption AI para melhorá-lo ao longo do tempo.
No entanto, a legendagem requer muita habilidade, especialmente para TV ao vivo, onde os transcritores precisam acompanhar o que está sendo dito com a maior precisão possível. A programação não roteirizada também costuma incluir muita sobreposição de diálogos, e não está claro o quão eficaz a IA será na transcrição precisa disso. De qualquer forma, depender mais de transcrições geradas por IA significará menos trabalho para as pessoas nesse campo.
Será interessante ver se a WBD expande essa tecnologia para legendas de programação roteirizada. A legendagem (algo que eu admito já ter feito profissionalmente) é uma arte habilidosa. Entre outras coisas, envolve capturar com precisão efeitos sonoros, indicações musicais e vocalizações não verbais; explicar corretamente expressões idiomáticas para fins de localização; e garantir que as legendas estejam sincronizadas adequadamente. Há muita nuance envolvida, e seria difícil para a IA acertar.
Não é surpreendente que a WBD esteja considerando o Caption AI como uma forma de economizar dinheiro. A empresa tem cortado agressivamente custos (e tentando aumentar sua receita) desde que foi formada em 2022 com a fusão da WarnerMedia e Discovery.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Warner Bros. Discovery teams up with Google to generate captions using AI