
Christensen era lembrado por amigos e colegas como uma pessoa humilde e discreta, um inovador silencioso que nunca buscou os holofotes para seu trabalho revolucionário. Apesar de sua contribuição significativa para a tecnologia que moldou a era digital, ele manteve um perfil baixo ao longo de sua vida. Trabalhou por muitos anos na IBM, sempre contente com sua trajetória, sem demonstrar ressentimentos ou uma sensação de oportunidades perdidas, mesmo com o surgimento da internet.
Jason Scott, criador do documentário “BBS: The Documentary”, descreveu Christensen de maneira carinhosa em uma conversa com a Ars Technica. Para Scott, Ward era “o cara mais tranquilo, agradável e gentil”, e ressaltou que ele era exatamente como parecia nas fotos: “como um jardineiro que cuida do quintal com calma”. Essa descrição capta bem a essência de Christensen, um verdadeiro artista da tecnologia que preferiu o trabalho em equipe e a colaboração ao estrelato.
A trajetória de Ward Christensen nos lembra da importância dos inovadores silenciosos, aqueles que, mesmo fora dos holofotes, fazem contribuições que impactam a vida de milhões. Sua criação, o BBS, não apenas permitiu que as pessoas se conectassem de maneira nova, mas também estabeleceu as bases para as plataformas de comunicação que usamos todos os dias. A perda de Christensen é sentida por muitos, mas seu legado continua vivo em cada clique, cada mensagem e cada interação que fazemos online.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Ward Christensen, BBS inventor and architect of our online age, dies at age 78