Para entender melhor, vamos falar sobre a Constante de Hubble, que é uma medida da expansão do Universo. Essa constante é expressa em quilômetros por segundo por megaparsec (Mpc). Em termos simples, isso significa que, a cada segundo, cada megaparsec do Universo se afasta de nós por uma certa quantidade de quilômetros. Imagine um objeto relativamente fixo a um megaparsec de distância: a cada segundo, ele se afasta alguns quilômetros mais.
Mas qual é essa quantidade de quilômetros? Esse é o grande desafio. Os cientistas utilizam basicamente três métodos para medir a Constante de Hubble. O primeiro envolve observar objetos próximos e verificar a velocidade com que eles estão se movendo. O segundo método se baseia nas ondas gravitacionais geradas pela colisão de buracos negros ou estrelas de nêutrons. Por fim, o terceiro método analisa pequenas variações na radiação remanescente do Big Bang, conhecida como Fundo Cósmico de Micro-ondas (CMB). No entanto, esses métodos têm produzido resultados diferentes. Por exemplo, a medição de supernovas distantes resultou em um valor de 73 km/s Mpc, enquanto as medições do CMB, utilizando o satélite Planck, indicaram um valor de 67 km/s Mpc.
Essas discrepâncias são intrigantes e nos levam a questionar se há algo mais profundo acontecendo no nosso entendimento do Universo. O que pode estar por trás dessas diferenças? Será que estamos prestes a descobrir novas dimensões da física que podem mudar tudo o que sabemos? As respostas podem estar mais perto do que imaginamos, e a busca por elas promete ser uma jornada fascinante.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Latest James Webb data hints at new physics in Universe’s expansion
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