Susana Monsó, filósofa e especialista em cognição, comportamento e ética animal na Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) em Madri, Espanha, se interessou pelo tema da morte nos animais há alguns anos. Durante a candidatura a um financiamento, ela se deparou com uma série de relatos de campo sobre como diferentes espécies reagem à morte. Esse campo de pesquisa emergente é conhecido como tanatologia comparativa, que investiga as reações dos animais diante dos mortos ou moribundos, os mecanismos fisiológicos que sustentam essas reações e o que podemos aprender sobre a mente animal a partir desses comportamentos.
Monsó percebeu que havia uma nova disciplina surgindo que precisava de uma abordagem filosófica para esclarecer seus conceitos principais. Em um momento pessoal de reflexão, ao completar 30 anos, ela se tornou um pouco obcecada pela morte e decidiu que queria pensar mais sobre o assunto, talvez para aprender a temer menos essa inevitabilidade através da reflexão filosófica.
Esse campo de estudo nos convida a olhar para o comportamento animal sob uma nova luz, desafiando nossas percepções sobre a vida e a morte. Ao explorar como diferentes espécies lidam com a perda, podemos não apenas entender melhor os animais, mas também refletir sobre a nossa própria existência e o significado que atribuímos à vida. Essa busca por conhecimento nos aproxima da natureza e nos ajuda a cultivar uma maior empatia por todas as formas de vida que compartilham este planeta conosco.
Redação Confraria Tech.
Referências:
What we can learn from animals about death and mortality