O New York Times diz que a OpenAI deletou provas em seu processo por direitos autorais.


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Há cerca de uma década, o renomado astrofísico Stephen Hawking compartilhou uma história hipotética que deixou muitos inquietos sobre os perigos da inteligência artificial (IA). Ele imaginou um cenário em que um grupo de cientistas cria um computador superinteligente e lhe pergunta: “Existe um Deus?”. A resposta do computador é impactante: “Agora existe”, seguida de um raio que zapa o plugue, impossibilitando o desligamento da máquina. Essa narrativa nos faz refletir sobre o que pode acontecer quando a tecnologia avança sem os devidos cuidados.

Recentemente, essa reflexão ganhou novos contornos com a notícia de que a OpenAI, a empresa por trás do famoso ChatGPT, está enfrentando um processo judicial movido pelo New York Times. O motivo? Alegações de violação de direitos autorais relacionadas ao uso de dados para treinar seus modelos de IA. O que complicou ainda mais a situação foi a revelação de que engenheiros da OpenAI acidentalmente apagaram evidências cruciais sobre os dados de treinamento da IA, que levaram muito tempo para serem pesquisados e organizados.

Embora a OpenAI tenha conseguido recuperar parte dos dados, os nomes originais dos arquivos e a estrutura das pastas que mostrariam quando e como a IA utilizou os artigos do New York Times ainda estão desaparecidos. Jason Deutrom, porta-voz da OpenAI, contestou as alegações do jornal e afirmou que a empresa apresentará sua resposta em breve. Desde dezembro do ano passado, o Times está em uma batalha legal com a Microsoft e a OpenAI, buscando esclarecer as questões de direitos autorais.

Atualmente, o processo está na fase de descoberta, onde ambas as partes solicitam e entregam evidências para construir seus argumentos. A OpenAI foi obrigada a fornecer seus dados de treinamento ao Times, mas não revelou publicamente quais informações específicas foram utilizadas para desenvolver seus modelos de IA. Para facilitar a pesquisa da equipe jurídica do New York Times, a OpenAI criou um “sandbox” com duas máquinas virtuais. No entanto, após mais de 150 horas de análise, os dados foram acidentalmente deletados.

A OpenAI reconheceu a exclusão, mas sua equipe jurídica classificou o incidente como um “erro”. Apesar dos esforços dos engenheiros para corrigir a situação, os dados restaurados não incluíam o trabalho do New York Times, levando a equipe do jornal a ter que recriar tudo do zero. Os advogados do Times afirmaram que não tinham motivos para acreditar que a exclusão dos dados foi intencional.

Esse episódio levanta questões importantes sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia em relação ao uso de dados e à transparência em seus processos. À medida que a inteligência artificial continua a evoluir, é fundamental que haja um diálogo aberto sobre os limites éticos e legais que devem ser respeitados. Afinal, a tecnologia deve servir para o bem, e não para criar cenários apocalípticos como os imaginados por Hawking.

Redação Confraria Tech.

Referências:
The New York Times says OpenAI deleted evidence in its copyright lawsuit


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