A missão LISA tem como objetivo posicionar três espaçonaves em uma órbita triangular, com cada lado medindo quase 2,6 milhões de quilômetros. Essas espaçonaves seguirão a órbita da Terra ao redor do Sol, formando um sistema que permitirá a detecção de ondas gravitacionais com uma precisão impressionante. Cada espaçonave contará com dois telescópios que utilizarão feixes de laser infravermelho para rastrear suas “irmãs” no espaço, medindo distâncias com uma precisão que chega a um trilionésimo de metro. Isso é como tentar medir a espessura de um fio de cabelo a uma distância de milhares de quilômetros!
Mas o que são essas ondas gravitacionais? Elas são criadas durante eventos cósmicos extremos, como a colisão de buracos negros. A teoria das ondas gravitacionais foi proposta por Albert Einstein em 1916, mas só foram detectadas quase um século depois, em 2015, pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferometria a Laser (LIGO). A detecção ocorre quando as três espaçonaves se deslocam de seu padrão característico, revelando a passagem de uma onda gravitacional.
A missão LISA está programada para ser lançada na metade da década de 2030. A detecção dessas ondas pode abrir portas para um entendimento muito mais profundo do universo, permitindo que os cientistas estudem fenômenos como buracos negros e até mesmo o Big Bang, eventos que são difíceis de investigar por outros meios. A expectativa é que essa missão traga um “enorme potencial” para a ciência, ampliando nosso conhecimento sobre a origem e a evolução do cosmos.
Com essa nova empreitada, a NASA e a ESA estão prestes a dar um passo gigantesco na exploração espacial e na compreensão dos mistérios do universo. É um momento empolgante para a ciência e para todos nós que nos maravilhamos com as maravilhas do cosmos.
Redação Confraria Tech.
Referências:
NASA’s newest telescope can detect gravitational waves from colliding black holes