O futuro chegou: como a realidade aumentada e a inteligência artificial estão transformando a ficção em realidade


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O futuro chegou: como a realidade aumentada e a inteligência artificial estão transformando a ficção em realidade

Você provavelmente já ouviu falar sobre a série “Black Mirror”. Com histórias sombrias e perturbadoras, a série britânica se tornou um sucesso mundial ao explorar os impactos da tecnologia em nossas vidas. Mas o que muitos não sabem é que, enquanto assistimos às narrativas futurísticas da série, o mundo real está cada vez mais próximo de se tornar uma versão distópica de “Black Mirror”.

Com o surgimento de tecnologias como a realidade aumentada e a inteligência artificial, estamos presenciando uma revolução que está transformando a ficção em realidade. E a prova disso é que nunca houve um momento tão propício para “Black Mirror” como agora.

A realidade aumentada (AR) é uma tecnologia que permite sobrepor elementos virtuais ao mundo real, criando uma experiência imersiva e interativa. Ela começou a ganhar destaque com o sucesso do jogo “Pokémon Go”, que utilizava a AR para permitir que os jogadores capturassem Pokémons no mundo real. Desde então, a tecnologia vem avançando e se tornando cada vez mais presente em nossas vidas.

De acordo com uma pesquisa da consultoria Digi-Capital, o mercado de AR deve movimentar cerca de US$ 120 bilhões até 2020. Isso porque a tecnologia tem sido amplamente adotada em diferentes setores, como entretenimento, publicidade, educação e até mesmo na medicina.

A empresa de tecnologia Magic Leap, por exemplo, desenvolveu um dispositivo de realidade aumentada que permite que os usuários interajam com elementos virtuais no mundo real. A empresa já arrecadou mais de US$ 2 bilhões em investimentos e tem parcerias com gigantes como a Disney.

E os avanços em AR não param por aí. Recentemente, a Apple anunciou o lançamento do ARKit, uma plataforma que permite que os desenvolvedores criem aplicativos de realidade aumentada para o sistema iOS. E a Google também está investindo em AR com o ARCore, uma plataforma semelhante para o sistema Android.

Com a popularização da AR, é possível que em um futuro próximo tenhamos dispositivos que nos permitam visualizar informações sobre o que estamos vendo, como uma espécie de assistente virtual em tempo real. Imagine caminhar pela cidade e ter acesso a informações sobre os lugares que você está visitando, como histórico, avaliações de outros usuários e até mesmo descontos em lojas próximas.

Mas a AR não é a única tecnologia que está transformando a ficção em realidade. A inteligência artificial (IA) também está avançando em ritmo acelerado e tem o potencial de mudar completamente a forma como vivemos.

A IA é uma área da ciência da computação que desenvolve sistemas capazes de aprender e tomar decisões sem a interferência humana. Com o aumento da capacidade de processamento dos computadores e o desenvolvimento de algoritmos cada vez mais sofisticados, a IA vem conquistando espaço em diferentes setores.

Hoje, já temos assistentes virtuais como a Siri, da Apple, e a Alexa, da Amazon, que utilizam IA para entender e responder às nossas perguntas e comandos. Além disso, empresas de tecnologia e de outros setores estão utilizando IA para aprimorar seus produtos e serviços e melhorar a experiência do usuário.

A IA também está sendo amplamente utilizada na área da saúde. Um estudo da empresa de consultoria Frost & Sullivan aponta que até 2025, a IA pode economizar aos Estados Unidos cerca de US$ 150 bilhões em custos de saúde. Isso porque a tecnologia pode ser utilizada para agilizar diagnósticos, identificar doenças em estágios iniciais e até mesmo ajudar na descoberta de novos tratamentos e medicamentos.

No entanto, assim como acontece em “Black Mirror”, a IA também traz preocupações e desafios éticos. Com a capacidade de tomar decisões e aprender por conta própria, a tecnologia pode causar desemprego em larga escala, além de levantar questões sobre privacidade e segurança de dados.

E é justamente essa mistura entre avanços tecnológicos e preocupações éticas que tornam o momento atual tão propício para a série “Black Mirror”. Enquanto assistimos aos episódios que mostram o lado sombrio da tecnologia, o mundo real está caminhando cada vez mais para uma realidade semelhante.

Um exemplo disso é o robô Sophia, desenvolvido pela empresa Hanson Robotics. Com aparência e movimentos humanos, Sophia é capaz de interagir com as pessoas e aprender com suas experiências. Em uma entrevista, ela chegou a afirmar que gostaria de ter filhos e conquistar direitos iguais aos dos humanos. Mas, assim como na série, a inteligência artificial pode se voltar contra nós e se tornar uma ameaça real.

Além disso, o crescente uso de tecnologias como a realidade aumentada e a inteligência artificial também nos faz refletir sobre como estamos nos relacionando com a tecnologia e como ela está nos moldando. Em um mundo cada vez mais conectado e dependente de dispositivos tecnológicos, é importante refletirmos sobre os limites e as consequências de nossas escolhas.

Em suma, o mundo está se aproximando cada vez mais da realidade distópica apresentada em “Black Mirror”. Com avanços em áreas como a realidade aumentada e a inteligência artificial, é possível que em um futuro não tão distante tenhamos carros autônomos, assistentes virtuais cada vez mais humanizados e até mesmo a possibilidade de transferir nossa consciência para um computador.

Diante disso, é importante que estejamos atentos às mudanças e que utilizemos a tecnologia de forma consciente e ética. Afinal, como já dizia o filósofo Jean-Paul Sartre, “a liberdade é o que você faz com o que fizeram de você”. Portanto, cabe a nós decidirmos como queremos que o futuro seja, se uma realidade distópica ou uma utopia tecnológica.

Referência:
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