A segurança cibernética é um tema cada vez mais presente em nossas vidas. Com o avanço da tecnologia e a dependência cada vez maior da internet, a proteção de dados e informações se tornou uma preocupação constante. E, recentemente, essa questão ganhou ainda mais destaque com as novas medidas de segurança cibernética propostas pela administração Trump.
De acordo com o portal de notícias TechCrunch, o governo americano está mirando nas regras de segurança cibernética implementadas durante a administração de Barack Obama, com o objetivo de proteger a privacidade de Joe Biden e do próprio Obama. A justificativa para essa ação é a preocupação com possíveis ameaças à segurança dos ex-presidentes e do atual presidente dos Estados Unidos.
Essas medidas, que começaram a ser discutidas em 2018, quando Trump ainda estava no poder, visam atualizar as regras de segurança cibernética já existentes, que foram implementadas em 2013 por Obama. Para isso, o governo atual propõe mudanças em três leis: o Presidential Policy Directive 41 (PPD-41), o Presidential Policy Directive 21 (PPD-21) e o Executive Order 13636 (EO 13636).
O PPD-41, por exemplo, é um documento que estabelece diretrizes para a resposta a incidentes de segurança cibernética no governo dos EUA. Já o PPD-21 tem como objetivo melhorar a resiliência dos sistemas críticos de infraestrutura, como energia elétrica, transporte e comunicações. E o EO 13636 é uma ordem executiva que estabelece diretrizes para melhorar a segurança cibernética de empresas que prestam serviços ao governo.
Entre as mudanças propostas pela administração Trump, está a criação de uma nova estrutura de resposta a incidentes de segurança cibernética, que seria liderada pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA. Além disso, a proposta também prevê a criação de um grupo de trabalho para avaliar possíveis riscos à segurança cibernética do país e a implementação de medidas de segurança mais rigorosas.
A preocupação com a segurança cibernética não é uma novidade para o governo americano. Em 2018, o então presidente Trump assinou uma ordem executiva que permitia a implementação de sanções contra países ou entidades estrangeiras que tentassem interferir nas eleições americanas por meio de ataques cibernéticos. Essa medida foi vista como uma resposta às alegações de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016.
No entanto, a proposta de atualização das regras de segurança cibernética tem gerado debates e críticas. Enquanto alguns especialistas em segurança cibernética acreditam que as mudanças propostas podem fortalecer a proteção dos sistemas do governo, outros alertam para possíveis impactos negativos, como o aumento do poder do governo sobre dados privados.
Além disso, a proposta de atualização das regras também levanta questões sobre a capacidade do governo de proteger seus próprios sistemas. Em 2019, o Escritório de Administração e Orçamento dos EUA reportou que, no ano anterior, as agências federais sofreram mais de 31 mil incidentes de segurança cibernética, o que representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Desses incidentes, 77% foram causados por phishing, uma técnica de ataque que utiliza e-mails falsos para obter informações confidenciais.
Outro ponto importante a ser considerado é o crescente número de casos de vazamento de dados e ataques cibernéticos em empresas privadas. Em 2020, o número de violações de dados em empresas americanas atingiu a marca de 1.001, um aumento de 42% em relação ao ano anterior. E, até maio deste ano, já foram registrados mais de 400 casos de violação de dados em empresas do país.
Diante desse cenário, é necessário pensar em estratégias eficazes para proteger os dados e informações, tanto do governo quanto de empresas e cidadãos. E, nesse sentido, a atualização das regras de segurança cibernética pode ser uma medida importante, desde que seja feita de forma responsável e com respeito à privacidade dos indivíduos.
Além disso, é preciso investir em educação e conscientização sobre segurança cibernética, tanto no âmbito governamental quanto na sociedade em geral. Afinal, muitos ataques cibernéticos são bem-sucedidos devido a falhas humanas, como o não reconhecimento de e-mails falsos ou o uso de senhas fracas.
Em resumo, a proposta de atualização das regras de segurança cibernética pela administração Trump levanta questões importantes sobre a proteção de dados e informações em uma sociedade cada vez mais conectada. É preciso encontrar um equilíbrio entre a segurança e a privacidade, garantindo a proteção dos sistemas e dos indivíduos. E, enquanto aguardamos as decisões finais sobre essas mudanças, é fundamental que todos estejam atentos e se informem sobre como se proteger contra possíveis ameaças cibernéticas.
Referência:
Clique aqui
0 Comments