Para o segundo paciente, chamado Alex, a empresa adotou medidas de mitigação para evitar que o mesmo ocorresse, ou pelo menos reduzir sua probabilidade. Reduziu o movimento do cérebro durante a cirurgia e também a lacuna entre o implante e a superfície do cérebro. Até o momento, a empresa não observou nenhuma retração de fios no paciente. Quanto ao primeiro paciente, modificou um algoritmo para melhorar como seu implante detecta e traduz sinais após a observação. A Neuralink afirmou que os fios do primeiro paciente se estabilizaram e seu implante se recuperou desde então.
Semanas após a cirurgia em julho, Alex já foi capaz de usar um software de design assistido por computador (CAD) para projetar um suporte personalizado para seu carregador Neuralink. O suporte foi impresso em 3D e ele já o adicionou à sua configuração. Ele também conseguiu usar seu implante em conjunto com um joystick operado pela boca para jogar Counter-Strike 2 de forma mais eficaz, pois agora pode se mover e mirar ao mesmo tempo.
A Neuralink afirma estar trabalhando para tornar seu chip capaz de decodificar múltiplos cliques e movimentos para “entregar funcionalidade completa de mouse e controle de videogame”. Também está desenvolvendo algoritmos que podem reconhecer a intenção do usuário de escrever à mão, o que possibilitaria uma entrada de texto mais rápida. Isso permitiria que pessoas que não podem falar, como aquelas com ELA, se comuniquem mais facilmente com os outros. Por fim, a empresa aparentemente planeja dar a seus implantes a capacidade de interagir com o mundo real, para que as pessoas possam usá-lo para mover sua própria cadeira de rodas ou uma mão robótica para se alimentar ou se limpar.
Alex jogando Counter-Strike 2: https://t.co/M1pikMoGSJ pic.twitter.com/ROQNYgeXao
— ALEX (@ajtourville) 21 de agosto de 2024
Redação Confraria Tech
Referências:
Neuralink says it may have fixed its brain implant problem