Lembrar de onde vieram suas refeições é fundamental para a sobrevivência de um pequeno pássaro.

Durante muito tempo, os cientistas tentaram compreender se a inteligência poderia influenciar a sobrevivência dos animais selvagens. O desafio era identificar exatamente quão inteligentes eram leões, crocodilos ou mesmo chapins-de-montanha. As tentativas anteriores se baseavam em métricas indiretas, como o tamanho do cérebro, ou em testes de habilidades cognitivas em laboratório. No entanto, um novo estudo em larga escala sobre os chapins-de-montanha revelou que nem o tamanho do cérebro nem as habilidades de aprendizado reverso estavam correlacionados com a sobrevivência. O fator determinante para esses pequenos pássaros, que armazenam comida em vários locais, era simplesmente lembrar onde haviam escondido sua provisão de alimento. Ou seja, para sobreviver, um chapim-de-montanha não precisava ser um gênio, apenas desempenhar bem o seu papel.

Esses pássaros, que pesam cerca de 12 gramas, espalham milhares de esconderijos de comida durante o outono e, no inverno, usam uma memória espacial especial para encontrá-los e recuperar o alimento. Segundo Vladimir Pravosudov, ornitólogo da Universidade de Nevada e coautor sênior do estudo, a sobrevivência desses pequenos animais depende da habilidade de encontrar comida, já que precisam se alimentar constantemente.

Esse estudo revela que a inteligência não se limita a conceitos tradicionais e que a capacidade de executar tarefas específicas pode ser crucial para a sobrevivência de determinadas espécies. A compreensão desses aspectos da natureza nos ajuda a apreciar a diversidade e a complexidade das estratégias de sobrevivência no reino animal.

Redação Confraria Tech

Referências:
Remembering where your meals came from key for a small bird’s survival