Um exemplo interessante é o Cryptovaranoides microlanius, um pequeno lagarto que viveu no que hoje é o sul da Inglaterra, há cerca de 205 milhões de anos, durante o período Triássico. Esse lagarto, que provavelmente se alimentava de insetos com seus dentes afiados, tem um nome que significa “lagarto escondido, pequeno açougueiro”. Curiosamente, até há pouco tempo, os pesquisadores acreditavam que ele pertencia a um grupo diferente: os arcosauros, que incluem dinossauros extintos, pterossauros, além de crocodilos e aves que conhecemos hoje.
No entanto, uma equipe de pesquisa da Universidade de Bristol reanalisou o fóssil e chegou a uma conclusão surpreendente. O Cryptovaranoides não é um arcosauro, mas sim um lepidosauro, que faz parte de uma ordem maior de répteis que inclui os escamados, um grupo que abrange os lagartos e as cobras modernas. Essa descoberta não apenas redefine a classificação do Cryptovaranoides, mas também o torna o mais antigo conhecido entre os escamados.
Essas novas informações nos ajudam a entender melhor a história evolutiva dos répteis e nos mostram como as descobertas científicas podem mudar nossa percepção sobre o passado. A cada novo achado, a rica tapeçaria da vida pré-histórica se torna ainda mais intrigante, revelando segredos que estavam escondidos por milhões de anos. Fica a lição de que, na ciência, sempre há espaço para novas descobertas que podem transformar o que sabemos sobre o nosso mundo e suas criaturas.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Lizards and snakes are 35 million years older than we thought
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