Fortnite fora das lojas de aplicativos: Epic Games acusa Apple de bloqueio nos EUA e UE


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This illustration picture shows a person waiting for an update of Epic Games' Fortnite on their smartphone in Los Angeles on August 14, 2020. - Apple and Google on August 13, 2020 pulled video game sensation Fortnite from their mobile app shops after its maker Epic Games released an update that dodges revenue sharing with the tech giants. (Photo by Chris DELMAS / AFP) (Photo by CHRIS DELMAS/AFP via Getty Images)

Desde seu lançamento em 2017, o jogo Fortnite tem sido um sucesso absoluto, conquistando fãs ao redor do mundo com seu estilo de batalha e construção. No entanto, recentemente, a Epic Games, desenvolvedora do jogo, entrou em uma batalha épica com a Apple, a gigante da tecnologia que controla a loja de aplicativos iOS.

No dia 13 de agosto de 2020, a Epic Games lançou uma atualização do Fortnite que permitia aos jogadores fazer compras diretamente com a desenvolvedora, contornando a taxa de 30% cobrada pela Apple em todas as transações realizadas através da App Store. A resposta da Apple foi imediata: o jogo foi removido da loja de aplicativos e, consequentemente, dos iPhones e iPads dos usuários.

Mas essa não foi a primeira vez que a Epic Games desafiou as regras da Apple. Em 2019, a desenvolvedora lançou uma loja de jogos para PC, oferecendo aos desenvolvedores uma taxa menor do que a cobrada pela Steam, principal concorrente no mercado. E, em julho deste ano, a Epic Games lançou uma campanha publicitária denunciando as taxas abusivas da Apple e da Google em suas lojas de aplicativos.

Agora, a Epic Games está acusando a Apple de bloquear não apenas o Fortnite, mas todos os jogos e aplicativos da desenvolvedora, não apenas na App Store dos Estados Unidos, mas também da União Europeia. Em uma declaração à imprensa, a Epic Games afirma que “a Apple está impedindo a concorrência e prejudicando os consumidores ao restringir os desenvolvedores de distribuírem aplicativos e jogos por outros meios além da App Store”.

Segundo a Epic Games, a App Store da Apple é uma “monopolista” que controla completamente o mercado de aplicativos para iOS, cobrando taxas abusivas e impondo suas próprias regras aos desenvolvedores. A empresa também acusa a Apple de violar leis antitruste em países como os Estados Unidos e a União Europeia.

A disputa entre as duas empresas não é apenas sobre taxas e monopólios, mas também sobre a liberdade de escolha do consumidor. Com a remoção do Fortnite da App Store, os jogadores de iOS foram privados de ter acesso ao jogo e todas as atualizações futuras. Além disso, a Epic Games alega que a Apple está impedindo a livre concorrência ao bloquear a distribuição do jogo por outras lojas de aplicativos.

A Apple, por sua vez, alega que as regras da App Store são as mesmas para todos os desenvolvedores e que a taxa de 30% é justa, pois cobre os custos de manutenção e segurança da loja. Além disso, a empresa afirma que a Epic Games violou os termos de serviço da App Store ao violar as regras de pagamentos e, por isso, o Fortnite foi removido da loja de aplicativos.

No entanto, essa disputa não é apenas entre a Epic Games e a Apple. Outras empresas como Spotify e Tinder também estão se unindo à causa da desenvolvedora, alegando que as práticas da Apple prejudicam a concorrência e impedem a inovação no mercado de aplicativos.

Além disso, a União Europeia está investigando a Apple por possíveis violações às leis antitruste. A Comissão Europeia já abriu uma investigação sobre a taxa de 30% cobrada pela Apple em todas as compras feitas através da App Store, além de estar analisando a restrição de outras lojas de aplicativos no iOS.

A batalha entre a Epic Games e a Apple está longe de acabar. A desenvolvedora está processando a gigante da tecnologia nos Estados Unidos e na União Europeia, buscando não apenas a reintegração do Fortnite na App Store, mas também mudanças nas regras de distribuição de aplicativos e jogos.

E essa disputa não afeta apenas as duas empresas, mas também os consumidores. Com a remoção do Fortnite da App Store, os jogadores de iOS ficaram sem acesso ao jogo e, caso a situação não seja resolvida, podem ficar sem atualizações e novos conteúdos no futuro. Além disso, com a Apple monopolizando o mercado de aplicativos para iOS, os consumidores ficam limitados às opções oferecidas pela App Store, sem poder escolher outras lojas de aplicativos que ofereçam melhores preços e condições.

E essa batalha também pode ter um impacto significativo no mercado de jogos em geral. Com a Epic Games buscando mudanças nas regras de distribuição de aplicativos, outras empresas também podem se unir à causa e questionar as práticas da Apple e da Google em suas lojas de aplicativos. Além disso, a disputa pode levar a uma maior concorrência no mercado de jogos, beneficiando os consumidores com preços mais baixos e mais opções de escolha.

No final das contas, a disputa entre a Epic Games e a Apple é um reflexo da crescente importância da tecnologia em nossas vidas. Através de suas lojas de aplicativos, empresas como a Apple e a Google detêm um grande poder sobre o mercado de jogos e aplicativos, e é importante que as regras sejam justas e transparentes para garantir uma concorrência saudável e benefícios para os consumidores. Resta agora aguardar os desdobramentos dessa batalha épica e torcer por uma resolução que seja benéfica para todos os envolvidos.

Referência:
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