Desde seu lançamento em 2017, o jogo Fortnite tem sido um sucesso absoluto, conquistando fãs ao redor do mundo com seu estilo de batalha e construção. No entanto, recentemente, a Epic Games, desenvolvedora do jogo, entrou em uma batalha épica com a Apple, a gigante da tecnologia que controla a loja de aplicativos iOS.
No dia 13 de agosto de 2020, a Epic Games lançou uma atualização do Fortnite que permitia aos jogadores fazer compras diretamente com a desenvolvedora, contornando a taxa de 30% cobrada pela Apple em todas as transações realizadas através da App Store. A resposta da Apple foi imediata: o jogo foi removido da loja de aplicativos e, consequentemente, dos iPhones e iPads dos usuários.
Mas essa não foi a primeira vez que a Epic Games desafiou as regras da Apple. Em 2019, a desenvolvedora lançou uma loja de jogos para PC, oferecendo aos desenvolvedores uma taxa menor do que a cobrada pela Steam, principal concorrente no mercado. E, em julho deste ano, a Epic Games lançou uma campanha publicitária denunciando as taxas abusivas da Apple e da Google em suas lojas de aplicativos.
Agora, a Epic Games está acusando a Apple de bloquear não apenas o Fortnite, mas todos os jogos e aplicativos da desenvolvedora, não apenas na App Store dos Estados Unidos, mas também da União Europeia. Em uma declaração à imprensa, a Epic Games afirma que “a Apple está impedindo a concorrência e prejudicando os consumidores ao restringir os desenvolvedores de distribuírem aplicativos e jogos por outros meios além da App Store”.
Segundo a Epic Games, a App Store da Apple é uma “monopolista” que controla completamente o mercado de aplicativos para iOS, cobrando taxas abusivas e impondo suas próprias regras aos desenvolvedores. A empresa também acusa a Apple de violar leis antitruste em países como os Estados Unidos e a União Europeia.
A disputa entre as duas empresas não é apenas sobre taxas e monopólios, mas também sobre a liberdade de escolha do consumidor. Com a remoção do Fortnite da App Store, os jogadores de iOS foram privados de ter acesso ao jogo e todas as atualizações futuras. Além disso, a Epic Games alega que a Apple está impedindo a livre concorrência ao bloquear a distribuição do jogo por outras lojas de aplicativos.
A Apple, por sua vez, alega que as regras da App Store são as mesmas para todos os desenvolvedores e que a taxa de 30% é justa, pois cobre os custos de manutenção e segurança da loja. Além disso, a empresa afirma que a Epic Games violou os termos de serviço da App Store ao violar as regras de pagamentos e, por isso, o Fortnite foi removido da loja de aplicativos.
No entanto, essa disputa não é apenas entre a Epic Games e a Apple. Outras empresas como Spotify e Tinder também estão se unindo à causa da desenvolvedora, alegando que as práticas da Apple prejudicam a concorrência e impedem a inovação no mercado de aplicativos.
Além disso, a União Europeia está investigando a Apple por possíveis violações às leis antitruste. A Comissão Europeia já abriu uma investigação sobre a taxa de 30% cobrada pela Apple em todas as compras feitas através da App Store, além de estar analisando a restrição de outras lojas de aplicativos no iOS.
A batalha entre a Epic Games e a Apple está longe de acabar. A desenvolvedora está processando a gigante da tecnologia nos Estados Unidos e na União Europeia, buscando não apenas a reintegração do Fortnite na App Store, mas também mudanças nas regras de distribuição de aplicativos e jogos.
E essa disputa não afeta apenas as duas empresas, mas também os consumidores. Com a remoção do Fortnite da App Store, os jogadores de iOS ficaram sem acesso ao jogo e, caso a situação não seja resolvida, podem ficar sem atualizações e novos conteúdos no futuro. Além disso, com a Apple monopolizando o mercado de aplicativos para iOS, os consumidores ficam limitados às opções oferecidas pela App Store, sem poder escolher outras lojas de aplicativos que ofereçam melhores preços e condições.
E essa batalha também pode ter um impacto significativo no mercado de jogos em geral. Com a Epic Games buscando mudanças nas regras de distribuição de aplicativos, outras empresas também podem se unir à causa e questionar as práticas da Apple e da Google em suas lojas de aplicativos. Além disso, a disputa pode levar a uma maior concorrência no mercado de jogos, beneficiando os consumidores com preços mais baixos e mais opções de escolha.
No final das contas, a disputa entre a Epic Games e a Apple é um reflexo da crescente importância da tecnologia em nossas vidas. Através de suas lojas de aplicativos, empresas como a Apple e a Google detêm um grande poder sobre o mercado de jogos e aplicativos, e é importante que as regras sejam justas e transparentes para garantir uma concorrência saudável e benefícios para os consumidores. Resta agora aguardar os desdobramentos dessa batalha épica e torcer por uma resolução que seja benéfica para todos os envolvidos.
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