Recentemente, um grupo de cientistas alemães, composto por Helge Goessling, Thomas Rackow e Thomas Jung, divulgou um estudo que tenta esclarecer essa questão. Eles apresentaram dados que sugerem que a Terra está absorvendo mais luz solar do que no passado, principalmente devido à redução da cobertura de nuvens. Essa mudança no equilíbrio da radiação solar é um fator crucial para entender o aquecimento global que estamos experimentando.
Em anos com condições fortes de El Niño, é comum que recordes de temperatura sejam quebrados. No entanto, o El Niño de 2023 foi relativamente brando. Os efeitos desse fenômeno são mais intensamente sentidos no Pacífico tropical, mas, curiosamente, as temperaturas do oceano no Atlântico também atingiram níveis recordes, contribuindo para um recuo significativo do gelo na Antártica. Isso nos mostra que há limites claros para o que podemos atribuir apenas ao El Niño.
Outros fatores que têm sido considerados incluem a injeção de vapor d’água na estratosfera, resultado da erupção do vulcão Hunga Tonga, e a redução nas emissões de enxofre devido a novas regulamentações sobre o transporte marítimo internacional. Além disso, 2023 coincide com o pico do mais recente ciclo solar, o que também pode ter influenciado as temperaturas.
Essas descobertas nos lembram da complexidade do sistema climático da Terra e da necessidade de continuarmos a investigar e entender os diversos fatores que contribuem para as mudanças que estamos observando. A interação entre fenômenos naturais e a atividade humana é um tema que merece nossa atenção e reflexão, especialmente em um momento em que as consequências das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Study: Warming has accelerated due to the Earth absorbing more sunlight