“Existem muitos mitos e concepções errôneas sobre o autismo, sendo um dos maiores sugerindo que aqueles que o possuem não têm motivação social, ou não possuem imaginação”, afirmou o coautor Gray Atherton, psicólogo na Universidade de Plymouth. “Dungeons & Dragons vai contra tudo isso, centrando-se no trabalho em equipe, tudo isso ocorrendo em um ambiente completamente imaginário. Aqueles que participaram de nosso estudo viram o jogo como um sopro de ar fresco, uma chance de assumir uma persona diferente e compartilhar experiências fora de uma realidade frequentemente desafiadora. Esse senso de escapismo os fez sentir incrivelmente confortáveis, e muitos deles afirmaram estar tentando aplicar aspectos disso em suas vidas diárias.”
Pesquisas anteriores demonstraram que pessoas com autismo têm mais probabilidade de se sentirem solitárias, possuem redes sociais menores e frequentemente experimentam ansiedade em ambientes sociais. Seu desejo por conexão social leva muitos a “mascarar” seus traços neurodivergentes em público com medo de serem rejeitados devido a erros sociais. “Acredito que toda pessoa autista teve múltiplas instâncias de rejeição social e perda de relacionamentos”, disse um dos participantes do estudo quando Atherton et al. os entrevistaram sobre suas experiências. “Você fez algo errado. Você não sabe o que é. Eles não te dizem, e você descobre quando foi simplesmente, sabe, deixado de lado nos relacionamentos, excluído… É traumático.”
Redação Confraria Tech
Referências:
Study: Playing Dungeons & Dragons helps autistic players in social interactions