
As sagas nórdicas são uma fonte riquíssima de informações sobre a história antiga da Noruega e da Islândia. Muitas delas foram escritas por estudiosos séculos após os eventos que descrevem, possivelmente baseadas em tradições orais ou em manuscritos agora perdidos. A Sverris Saga é uma exceção notável; ela abrange o reinado do Rei Sverre Sigurdsson (1151–1240 d.C.), um período conturbado marcado por facções em guerra, todas disputando o trono. Acredita-se que parte dessa saga foi escrita a pedido do próprio rei, apresentando descrições detalhadas de batalhas, discursos e uma vasta gama de personagens.
O Rei Sverre reivindicou o trono alegando ser filho do Rei Sigurd Munn, assassinado em 1155 por seu irmão. Seus seguidores eram conhecidos como “Birkenbeiner”, devido ao fato de que suas vestimentas e calçados eram feitos de casca de bétula. Entre os rivais estavam os “Bagleres”, provenientes do sul da Noruega. Em 1197, o Rei Sverre se encontrava em Bergen, em sua fortaleza, o Castelo Sverresborg. Durante o inverno, os combatentes Bagleres conseguiram entrar no castelo por uma porta secreta e saquearam o local, incendiando todas as casas dentro das muralhas. Foi nesse momento que lançaram um corpo no poço local, que logo foi preenchido com pedras.
Essa intersecção entre a história e a arqueologia traz à tona questões fascinantes sobre como as narrativas do passado podem ser validadas ou desafiadas. A pesquisa moderna continua a explorar esses mistérios, enriquecendo nosso entendimento sobre as civilizações que moldaram o mundo nórdico.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Study: DNA corroborates “Well-man” tale from Norse saga