Um exemplo interessante é o bombardeiro stealth B-2, que é um dos raros aviões que não possui lemes. Para lidar com as instabilidades de Dutch roll, ele utiliza flaps de arrasto localizados nas extremidades das asas. Esses flaps podem se abrir e se dividir, permitindo que uma asa gere mais arrasto do que a outra, ajudando assim a estabilizar a aeronave lateralmente. Contudo, essa abordagem não é considerada a mais eficiente. David Lentink, um engenheiro aeroespacial e biólogo da Universidade de Groningen, na Holanda, explica que a solução ideal seria gerar sustentação em vez de arrasto, algo que as aves fazem com maestria.
Lentink liderou um estudo para entender melhor a mecânica de voo das aves sem leme. A pesquisa busca desvendar os segredos por trás da capacidade das aves de voar de forma eficiente e estável, mesmo sem as estruturas que os aviões convencionais utilizam. Essa investigação pode abrir novas possibilidades para o design de aeronaves, tornando-as mais leves e eficientes, além de potencialmente mais furtivas.
A natureza sempre foi uma fonte de inspiração para a engenharia, e o estudo do voo das aves pode nos ensinar lições valiosas sobre como otimizar o desempenho das aeronaves. À medida que continuamos a explorar essas ideias, podemos vislumbrar um futuro onde a aviação se torna ainda mais eficiente e inovadora.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Teaching a drone to fly without a vertical rudder
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