Em breve, a tecnologia por trás do ChatGPT pode ajudar operadores de drones a decidir quais inimigos eliminar.


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A indústria de inteligência artificial (IA) está passando por um crescimento acelerado, e com isso vem a necessidade de tomar decisões importantes em relação a questões éticas, especialmente quando se trata de aplicações que envolvem vida e morte. Um dos temas mais polêmicos é se os modelos de IA podem ser utilizados para orientar armamentos ou tomar decisões de ataque. Cada empresa tem sua própria posição sobre essa questão, mas a trajetória da OpenAI, criadora do ChatGPT, é particularmente interessante. Inicialmente, a empresa tinha uma postura rígida contra o desenvolvimento de tecnologias militares, mas essa posição começou a mudar ao longo do tempo.

Recentemente, uma nova parceria chamou a atenção: a empresa de tecnologia de defesa Anduril Industries, fundada por Palmer Luckey, conhecido por seu trabalho com a Oculus, anunciou uma colaboração com a OpenAI. O objetivo? Desenvolver modelos de IA, semelhantes aos que alimentam o ChatGPT, para ajudar as forças dos EUA e seus aliados a identificar e se defender contra ataques aéreos.

De acordo com as empresas, esses modelos de IA serão capazes de processar dados com o intuito de diminuir a carga de trabalho sobre os operadores humanos. Anduril destacou em um comunicado que, através dessa nova iniciativa, pretende explorar como modelos de IA de ponta podem ser utilizados para sintetizar rapidamente dados que exigem decisões em tempo crítico e melhorar a conscientização situacional.

Essas movimentações na indústria de IA levantam questões importantes sobre o futuro da tecnologia. À medida que as ferramentas de IA se tornam mais sofisticadas, a linha entre o uso civil e militar continua a se tornar mais tênue. A colaboração entre empresas que foram, até então, adversárias em termos de ética tecnológica, sugere uma evolução nas prioridades do setor. A sociedade precisa acompanhar de perto essas mudanças, refletindo sobre o papel que a inteligência artificial poderá exercer em contextos tão delicados e significativos.

Fica a pergunta: até onde as empresas de tecnologia estão dispostas a ir em nome da inovação? O equilíbrio entre progresso e responsabilidade nunca foi tão crítico e a discussão está apenas começando.

Redação Confraria Tech.

Referências:
Soon, the tech behind ChatGPT may help drone operators decide which enemies to kill


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Marcos Baião