Descubra como a IA pode te ajudar a apreciar clássicos da literatura!
A inteligência artificial (IA) tem se mostrado cada vez mais presente em nossas vidas, seja na forma de assistentes virtuais, carros autônomos ou até mesmo na área da saúde. Mas você já imaginou usar a IA como guia para ler um clássico da literatura?
Foi exatamente isso que o escritor e jornalista, Stephen Shankland, fez. Em um artigo para o portal de tecnologia CNET, Shankland conta como foi sua experiência de ler o clássico “A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson, com a ajuda da IA.
O escritor utilizou um software de IA chamado GPT-3 (Generative Pre-trained Transformer 3), desenvolvido pela empresa OpenAI, que é capaz de gerar textos de forma semelhante a um ser humano. O objetivo de Shankland era utilizar a IA como guia para compreender melhor a trama e os personagens da obra, já que muitas vezes os clássicos da literatura podem ser complexos e difíceis de serem compreendidos por uma leitura linear.
Segundo o escritor, a IA o ajudou a ter uma visão mais ampla e profunda da obra, fornecendo informações e insights que ele provavelmente não teria percebido em uma leitura convencional. Além disso, a IA também o ajudou a se aprofundar nos personagens, analisando suas motivações e o impacto de suas ações na trama.
Para utilizar a IA como guia, Shankland utilizou um método chamado “prompting”, que consiste em alimentar o software com pequenas pistas sobre o que se deseja analisar ou saber. No caso de “A Ilha do Tesouro”, o escritor utilizou prompts como “Quem é o personagem principal?”, “O que acontece com ele no início da história?” e “Como o personagem evolui ao longo da trama?”.
Com isso, a IA foi capaz de gerar respostas que ajudaram Shankland a compreender melhor a obra, fornecendo detalhes e análises que enriqueceram sua leitura. Por exemplo, quando questionado sobre o personagem principal, a IA respondeu: “O personagem principal é o jovem Jim Hawkins, que é descrito como um rapaz corajoso e perspicaz. Ele é filho de um proprietário de uma hospedaria e se vê envolvido em uma aventura após encontrar um mapa do tesouro”.
Além disso, a IA também forneceu informações sobre os outros personagens da trama, como o capitão Flint, o pirata Long John Silver e o médico Dr. Livesey. Com isso, Shankland pôde compreender melhor as relações entre eles e a importância de cada um na história.
Outro ponto interessante é que a IA também analisou o aspecto linguístico da obra, fornecendo insights sobre o estilo de escrita do autor e a forma como ele desenvolveu a trama. Shankland conta que a IA foi capaz de identificar que o autor utilizava uma linguagem mais formal e rebuscada para descrever os personagens da alta sociedade, enquanto utilizava uma linguagem mais simples e coloquial para retratar os personagens mais humildes.
Além disso, a IA também identificou padrões na história, como o fato de que sempre que um personagem era apresentado, o autor fornecia detalhes sobre sua aparência física, sua personalidade e suas motivações. Isso ajudou Shankland a entender melhor a forma como a história foi estruturada e os motivos por trás das ações dos personagens.
Por fim, Shankland concluiu que a experiência de ler um clássico da literatura com a ajuda da IA foi extremamente enriquecedora e que, sem dúvidas, ele conseguiu compreender melhor a obra e apreciá-la de uma forma mais profunda. Ele ressalta que a IA não substitui a leitura tradicional, mas pode ser uma ótima ferramenta para auxiliar na compreensão e análise de obras literárias complexas.
Além disso, a experiência de Shankland mostra o potencial da IA em diversas áreas, inclusive na literatura. Com a evolução da tecnologia, é possível que em um futuro próximo tenhamos softwares capazes de criar obras literárias inteiras de forma autônoma, o que pode ser um grande avanço para a criatividade e a produção literária.
De acordo com um estudo da consultoria Gartner, até 2025, 50% dos conteúdos digitais serão criados por máquinas, o que inclui livros, artigos, notícias e outros tipos de conteúdo. Isso mostra que a IA está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas e que devemos nos preparar para essa nova realidade.
Portanto, se você é um amante da literatura e tem dificuldade em compreender ou apreciar alguns clássicos, talvez seja hora de dar uma chance à IA como guia de leitura. Afinal, como mostrou a experiência de Shankland, ela pode ser uma grande aliada na compreensão e análise de obras literárias complexas, permitindo uma experiência de leitura ainda mais enriquecedora e profunda.
Referência:
Clique aqui
0 Comments