Até agora, as pessoas têm utilizado o DNA para codificar informações da maneira que a natureza faz, ligando as quatro bases nucleotídicas: A, T, C e G. Contudo, esse processo pode ser demorado e caro. Além disso, quanto mais longa a sequência, maior a chance de surgirem erros. Isso torna a tarefa de armazenar dados em DNA um desafio.
Entretanto, o DNA possui uma camada adicional de informação, conhecida como epigenética. Essas são modificações químicas que ocorrem nas bases nucleotídicas, especificamente alterando um C quando ele se encontra diante de um G. Nas células, essas modificações funcionam como se fossem direções de palco, informando à célula quando usar uma determinada sequência de DNA, sem alterar o “texto” dessa sequência.
Recentemente, um estudo publicado na revista Nature trouxe uma novidade empolgante: a utilização da epigenética para armazenar informações no DNA sem a necessidade de sintetizar novas sequências a cada vez. Isso pode revolucionar a forma como armazenamos dados, tornando o processo mais eficiente e menos propenso a erros.
Essa nova abordagem promete não só otimizar o armazenamento de dados, mas também abrir portas para o uso do DNA em tecnologias de informação no futuro. E quem sabe, no final, poderemos ter nossos vídeos de gatinhos armazenados de forma muito mais inteligente e sustentável!
Redação Confraria Tech.
Referências:
How can you write data to DNA without changing the base sequence?