Com mais quatro anos como 2023, as emissões de carbono ultrapassarão o limite de 1,5°.

Na última quinta-feira, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou um relatório que traz à tona a preocupante questão do “gap de emissões” — a diferença entre o que estamos fazendo e o que realmente precisamos fazer para alcançar as metas estabelecidas no Acordo de Paris. A leitura desse documento é, sem dúvida, alarmante. Com base nas emissões de gases de efeito estufa do ano passado, temos um limite crítico: menos de quatro anos com níveis semelhantes antes de ultrapassarmos o total de emissões que nos permitiria limitar o aquecimento do planeta a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Se continuarmos seguindo as políticas atuais até o final do século, poderemos enfrentar um aumento de mais de 3 °C.

O relatório identifica duas lacunas principais: a primeira é entre os objetivos do Acordo de Paris e os compromissos que os países assumiram; a segunda, entre esses compromissos e as políticas efetivamente implementadas. No entanto, há uma luz no fim do túnel. Os seis maiores emissores de gases de efeito estufa representam quase dois terços das emissões globais. Isso significa que mudanças em algumas políticas poderiam gerar um impacto significativo. Além disso, o relatório sugere que a adoção acelerada de energia eólica e solar poderia contribuir com mais de um quarto das reduções de emissões necessárias.

Apesar dessas possibilidades, o progresso até agora tem sido muito limitado para realmente reduzir as emissões globais. É um chamado urgente para que todos nós, cidadãos e governantes, façamos a nossa parte e busquemos soluções que possam transformar esse cenário. O futuro do nosso planeta depende das ações que tomamos hoje.

Redação Confraria Tech.

Referências:
With four more years like 2023, carbon emissions will blow past 1.5° limit