CERN corta laços com a Rússia, irá expulsar centenas de cientistas até dezembro.

Desde a sua fundação em 1954, o laboratório de física de alta energia CERN tem sido um ponto de referência para a colaboração científica internacional. No entanto, essa parceria foi colocada à prova desde a invasão russa à Ucrânia em 2022. No final do ano passado, o CERN decidiu cortar laços com Moscou devido às mortes resultantes do “uso ilegal da força” por parte do país no conflito em curso.

Com os acordos de cooperação internacional existentes expirando, a organização sediada em Genebra deverá expulsar centenas de cientistas em 30 de novembro afiliados a instituições russas, segundo a revista Nature. No entanto, o CERN manterá suas conexões com o Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear, um centro intergovernamental próximo a Moscou.

Fundado no pós-Segunda Guerra Mundial como um local dedicado à busca pacífica da ciência, o CERN atualmente conta com 24 estados membros e, somente em 2019, recebeu cerca de 12.400 usuários de instituições em mais de 70 países. A Rússia nunca foi um membro pleno do CERN, mas as colaborações começaram em 1955, com centenas de cientistas afiliados à Rússia contribuindo para experimentos nas décadas seguintes. Agora, essa história de 60 anos de colaboração, e o status de observador de longa data da Rússia, está chegando ao fim.

Redação Confraria Tech.

Referências:
CERN cuts ties with Russia, will expel hundreds of scientists by December