O Kindle padrão também teve um pequeno aumento de preço, agora custando US$ 90, mantendo uma diferença de US$ 90 em relação à edição Signature. Para ajudar na decisão, testei ambos os modelos para saber se a diferença de preço realmente vale a pena. O modelo de alta gama é inegavelmente elegante, mas o modelo básico atende muito bem às necessidades essenciais de um e-reader. Afinal, será que as exclusividades do modelo deluxe são tão superiores assim?
A Amazon se orgulha de que o Paperwhite, tanto na versão Signature quanto na padrão, é o “Kindle mais rápido de todos os tempos”. Isso se deve a um novo processador dual-core e uma camada de transistor de filme fino que acelera a troca de texto e gráficos na tela. Essa nova tecnologia também permite uma melhor clareza na visualização. O modelo Signature conta com 32GB de armazenamento, o dobro do Paperwhite regular, e traz melhorias na iluminação com um total de 19 LEDs.
Com uma tela levemente maior, de sete polegadas e uma resolução de 300 ppi, o Paperwhite também tem uma bateria com capacidade ampliada, prometendo até 12 semanas de uso. Apesar de ser um pouco mais fino que o modelo anterior, o dispositivo tem um design que impede que ele escorregue das mãos, evitando possíveis acidentes. As melhorias de hardware podem parecer sutis, mas, juntas, proporcionam uma experiência de leitura realmente elegante. Abrir menus, explorar novos títulos e virar páginas agora é mais rápido do que qualquer outro e-reader que já experimentei.
Um ponto a se considerar no design do modelo Signature é a posição do botão de energia, que fica na parte inferior. Para quem gosta de ler enquanto come, como eu, pode ser frustrante quando, ao apoiar o dispositivo, o botão é pressionado acidentalmente, interrompendo a leitura. Já o Kindle padrão, apesar de ter o botão na mesma posição, não apresenta esse problema, pois é mais leve.
Em termos de controles e personalização, a resposta ao toque do Paperwhite Signature é impecável, respondendo imediatamente a todos os comandos. Contudo, algumas áreas da interface podem levar a toques indesejados, especialmente na função de voltar à página anterior. Enquanto os gestos de deslizar funcionam bem, a falta de ajustes nas preferências pode ser uma limitação, principalmente quando comparado a dispositivos de concorrentes que permitem customizações mais detalhadas.
Quando se trata de adquirir livros, os Kindles têm um bom histórico. A biblioteca da Amazon é a maior, repleta de títulos exclusivos e de publicadores independentes. Para quem gosta de alternar entre leitura e audição, a integração com o Whispersync é uma grande vantagem, permitindo que você continue a história exatamente de onde parou. No entanto, vale lembrar que os Kindles não suportam ePubs com DRM de outros provedores, o que pode ser um fator limitante para alguns usuários.
Analisando as diferenças de preço, a versão regular do Paperwhite custa US$ 160, enquanto a edição Signature vai para US$ 200. A diferença de US$ 40 pode ser atraente para muitos, mas talvez não justifique o investimento para a maioria das pessoas. As adições, como armazenamento extra e carregamento sem fio, são convenientes, mas não necessariamente transformadoras na experiência de leitura. Para quem prioriza audiolivros e deseja armazenar muitos deles, o modelo Signature pode ser mais vantajoso. Contudo, para quem lê apenas e-books, a capacidade de 16GB do Paperwhite padrão deve ser suficiente.
No final, o Kindle Paperwhite e o novo Paperwhite Signature oferecem uma experiência de leitura premium, sendo adequados para aqueles que buscam o melhor em termos de qualidade e desempenho. Se o objetivo é elevar a experiência de leitura, talvez valha a pena o investimento extra. Mas para quem procura uma solução prática e sem complicações, o Kindle básico é uma escolha sólida e durável, com a vantagem de ser mais portátil e conveniente.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Kindle Paperwhite Signature (2024) review: A luxurious reading experience