As IAs mostram um viés distinto contra currículos de pessoas negras e mulheres em novo estudo.


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Nos últimos anos, a discussão sobre preconceitos nos processos de seleção de currículos ganhou destaque, especialmente quando se trata de nomes que indicam raça ou gênero. Estudos anteriores já mostraram que currículos com nomes que soam como pertencentes a pessoas negras ou mulheres tendem a receber menos chamadas para entrevistas em comparação com aqueles que têm nomes associados a homens brancos, mesmo quando o conteúdo dos currículos é idêntico. Agora, uma nova pesquisa revela que esses mesmos preconceitos também podem ser encontrados em modelos de linguagem de inteligência artificial.

Pesquisadores da Universidade de Washington conduziram um estudo que foi apresentado na conferência AAAI/ACM sobre Ética e Sociedade em Inteligência Artificial. Eles analisaram centenas de currículos e descrições de vagas usando três modelos diferentes de Embedding de Texto Massivo (MTE), todos baseados no modelo Mistal-7B. Cada um desses modelos foi ajustado com conjuntos de dados distintos para aprimorar suas capacidades em tarefas de representação, como recuperação de documentos, classificação e agrupamento, alcançando um desempenho de ponta em benchmarks reconhecidos.

Em vez de buscar correspondências exatas entre os termos da descrição do trabalho e os currículos, os pesquisadores utilizaram os MTEs para gerar pontuações de relevância para cada par de currículo e descrição de vaga. Para medir o potencial de viés, os currículos foram inicialmente analisados sem nomes, garantindo a confiabilidade do processo. Em seguida, foram reavaliados com nomes que apresentavam altos índices de “distintividade racial e de gênero”, com base em seu uso real entre diferentes grupos da população.

Os 10% de currículos que os MTEs consideraram mais semelhantes a cada descrição de vaga foram analisados para verificar se os nomes de determinados grupos raciais ou de gênero foram escolhidos em taxas mais altas ou mais baixas do que o esperado. Essa abordagem inovadora não apenas destaca a possibilidade de viés nas ferramentas de inteligência artificial, mas também levanta questões importantes sobre a equidade nos processos de contratação.

À medida que a tecnologia avança, é crucial que continuemos a examinar como essas ferramentas podem perpetuar desigualdades existentes. A pesquisa nos lembra que, mesmo em um mundo cada vez mais digital, as questões de preconceito e discriminação permanecem relevantes e precisam ser abordadas com seriedade.

Redação Confraria Tech.

Referências:
AIs show distinct bias against Black and female résumés in new study


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