O esquema funcionava da seguinte maneira: os golpistas criavam perfis de mulheres atraentes em plataformas de namoro online, utilizando ferramentas não especificadas para modificar suas aparências e vozes. Essa abordagem não apenas tornava os perfis mais convincentes, mas também ajudava a estabelecer uma conexão emocional com as vítimas, que muitas vezes se viam atraídas por essas figuras fictícias.
Entre os detidos, estavam seis recém-formados universitários, que supostamente foram recrutados para criar plataformas de negociação de criptomoedas falsas. Essa revelação levanta questões sobre a vulnerabilidade dos jovens e a facilidade com que podem ser manipulados em busca de oportunidades financeiras.
Além disso, um informante revelou que cinco dos presos têm ligações suspeitas com a Sun Yee On, uma das maiores organizações criminosas de Hong Kong e da China, frequentemente referida como “triade”. Isso indica que o golpe não era apenas uma operação isolada, mas possivelmente parte de uma rede criminosa mais ampla.
Fang Chi-kin, chefe da unidade de crimes da região dos Novos Territórios do Sul, comentou que o grupo criminoso apresentava registros de transações de lucro falsificados às vítimas, alegando retornos substanciais sobre os investimentos. Essa tática enganosa é um lembrete de como a tecnologia pode ser usada para fins nefastos, manipulando a confiança das pessoas em busca de ganhos financeiros.
Essa situação nos alerta sobre a importância de estar atento e cauteloso ao lidar com investimentos online, especialmente em um cenário onde a tecnologia pode criar ilusões tão convincentes. A história também destaca a necessidade de educação digital, para que todos possam navegar com segurança no mundo virtual, evitando cair em armadilhas como essa.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Deepfake lovers swindle victims out of $46M in Hong Kong AI scam