Ao analisarmos mais de perto a visão em meio-infravermelho do JWST, a Galáxia do Sombrero não se parece mais com seu nome, mas sim com um alvo de arco e flecha, com um ponto central que se destaca. E esse ponto? É, na verdade, um buraco negro supermassivo.
A resolução nítida proporcionada pelo Instrumento de Meio-Infravermelho (MIRI) do Webb nos oferece um vislumbre detalhado do anel externo da galáxia, revelando “aglomerados intrincados” de poeira. Imagens anteriores, capturadas em luz visível, faziam essa área parecer “suave como um cobertor”. O JWST, por sua vez, apresenta uma imagem muito mais complexa.
A “natureza irregular da poeira” indica a presença de moléculas que contêm carbono, conhecidas como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que geralmente sinalizam regiões onde novas estrelas estão se formando. Embora isso seja o que se espera, a Galáxia do Sombrero não é considerada um centro ativo de formação estelar.
Os cientistas acreditam que essa galáxia produz menos de uma massa solar por ano. Para comparação, a Via Láctea, onde você provavelmente está lendo isso, gera cerca de duas massas solares anualmente. Já a Galáxia do Cigarro, ou Messier 82, é responsável por cerca de 20 massas solares por ano.
A imagem do MIRI também revela uma infinidade de galáxias ao fundo, todas com formas e cores distintas. Astrônomos estão ocupados estudando essas galáxias de fundo para determinar suas distâncias. Quanto à Galáxia do Sombrero, ela está localizada a 30 milhões de anos-luz da Terra, no profundo da constelação de Virgem. Uma galáxia tão distante que parece impossível sonhar em visitá-la? Isso é típico da independente Virgem.
E essa é apenas a mais recente imagem deslumbrante que o JWST nos proporcionou. O telescópio também descobriu a galáxia mais distante já observada e nos deu uma nova perspectiva sobre o gigante gasoso que todos conhecemos, Urano.
Redação Confraria Tech.
Referências:
NASA just released a stunning new image of the Sombrero galaxy captured by the JWST
