As chamadas “big techs”, como Google, Facebook e Amazon, têm dominado o espaço digital, mas não sem enfrentar desafios. Seus proprietários, muitas vezes vistos como “desatentos”, estão lidando com um público cada vez mais exigente e ciente de suas escolhas. A nova geração de consumidores, conhecida como “cord-cutters”, está abandonando a televisão tradicional em favor de opções de streaming mais flexíveis e acessíveis. Isso significa que as empresas precisam se reinventar para manter a relevância em um mercado em constante evolução.
Além disso, o clima dentro das empresas de tecnologia também está mudando. Funcionários que antes eram vistos como meros executores de tarefas agora estão se tornando vozes ativas em suas organizações. Eles exigem mais transparência, inclusão e propósito em seus trabalhos, o que leva a um ambiente de trabalho mais dinâmico e, por vezes, conturbado. Essa pressão interna pode impactar diretamente a forma como as empresas se comunicam e interagem com o público.
Com essas mudanças, as audiências estão se tornando menores, mas também mais engajadas. Em vez de buscar números altos de visualizações, as empresas estão se concentrando em criar comunidades leais que valorizam conteúdo de qualidade. Esse movimento pode estar contribuindo para um fenômeno curioso: o retorno do impresso. Em um mundo dominado pela digitalização, algumas publicações estão reavaliando a importância do papel, oferecendo edições impressas que prometem uma experiência mais tangível e pessoal.
Esse panorama nos leva a refletir sobre o que realmente queremos consumir e como isso molda a forma como nos comunicamos. A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa, mas a conexão humana e a qualidade do conteúdo continuam a ser essenciais. À medida que as grandes empresas tentam se adaptar, o futuro da mídia pode muito bem passar por um retorno às raízes, onde a experiência do leitor é valorizada e o impresso pode encontrar seu espaço novamente.
Acompanhar essas mudanças é fundamental para compreender não apenas o presente, mas também o futuro da comunicação. Estamos vivendo um momento de transição, onde o que parecia obsoleto pode renascer e nos surpreender.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Can the Media Survive? The Last Living Media Elites Tell All