Para entender melhor a situação, é importante saber que a VGHF tem apoiado há muito tempo a petição da Software Preservation Network (SPN) para obter uma isenção do DMCA. Essa isenção é crucial para a preservação de jogos, especialmente para pesquisadores que precisam acessar esses jogos, mas enfrentam dificuldades devido à sua indisponibilidade. Hoje, a única maneira legal de jogar um jogo é possuir uma cópia física ou digital legítima e utilizá-la no console correspondente, o que tem se mostrado um desafio para muitos estudiosos. A pirataria é uma opção claramente ilegal, e por isso a SPN luta por essa isenção, embora haja quem discorde dessa perspectiva.
Apesar de não ter convencido a Entertainment Software Association (ESA) e o Escritório de Direitos Autorais dos EUA, a VGHF não se arrepende de apoiar a petição da SPN. O objetivo da VGHF e de várias outras organizações com pensamentos semelhantes é preservar jogos que estão fora de circulação e que são considerados obscuros, para que futuras gerações possam desfrutá-los. A petição visava permitir que pesquisadores acessassem esses jogos remotamente a partir de bibliotecas e arquivos.
A ESA foi firme em sua oposição à petição, recusando qualquer tipo de acesso remoto aos jogos. Os membros da ESA até ignoraram pedidos de comentários sobre a situação, conforme reportado pela IGN. Como a VGHF destacou, muitos pesquisadores agora se veem forçados a usar “métodos extralegais” para acessar a maioria dos jogos que estão fora de circulação e que, de outra forma, seriam inacessíveis.
Três anos de luta em prol dessa causa mostram o compromisso da VGHF com a preservação dos jogos eletrônicos. A organização concluiu sua declaração convocando os membros da indústria de jogos para apoiar essa causa tão importante. A preservação de jogos não é apenas uma questão de nostalgia, mas sim uma maneira de garantir que a história dos videogames não se perca com o tempo.
Redação Confraria Tech.
Referências:
The Video Game History Foundation’s fight for game preservation isn’t over