A expressão “red-listing” refere-se a uma prática em que certos autores são desconsiderados ou até mesmo boicotados, com base em suas posturas políticas ou sociais. Isso levanta um dilema interessante: até que ponto a ideologia do autor deve impactar a leitura de suas obras? Para muitos, a literatura é uma forma de expressão que deve ser livre, enquanto outros acreditam que é fundamental considerar o contexto político e social em que um livro foi escrito.
Além disso, a busca por orientação na ficção especulativa, um gênero que explora cenários futuros e realidades alternativas, tem se tornado uma forma de entender e criticar o presente. Livros de ficção científica e fantasia oferecem um espaço seguro para discutir questões complexas, como justiça social, desigualdade e sustentabilidade. Através desses mundos imaginários, os leitores podem refletir sobre o que está acontecendo no mundo real e, quem sabe, encontrar soluções criativas para os problemas contemporâneos.
Esse fenômeno no TikTok não é apenas uma moda passageira; ele reflete uma geração que está cada vez mais consciente do papel da literatura na formação de pensamentos e na construção de identidades. Os jovens estão se unindo em comunidades digitais para compartilhar suas opiniões, fazer recomendações de leitura e debater sobre o que realmente importa em um mundo em constante mudança.
A literatura, portanto, não é só um passatempo, mas uma ferramenta poderosa de transformação social. E ao discutir se os livros devem ou não ser políticos, estamos, na verdade, explorando como as histórias que lemos moldam nossas percepções e ações no mundo. Através dessa lente, a leitura se torna um ato de resistência e empoderamento, onde cada página virada é uma oportunidade de questionar, aprender e, quem sabe, mudar o mundo.
Redação Confraria Tech.
Referências:
The US Election Is Tearing BookTok Apart