O acordo é semelhante aos recentes (e igualmente desagradáveis) com editoras como TIME e Dotdash Meredith, mas é o primeiro do seu tipo para a indústria de cinema e TV. O vice-presidente da Lionsgate Studio, Michael Burns, afirmou que nos últimos meses temia ficar para trás dos concorrentes sem um passo como este. “Runway é um parceiro visionário e de classe mundial que nos ajudará a utilizar a IA para desenvolver oportunidades de criação de conteúdo inovador e eficiente em capital”, afirmou Burns. Ele ainda afirmou: “Alguns de nossos cineastas já estão entusiasmados com suas possíveis aplicações em seus processos de pré-produção e pós-produção.”
Há também o pequeno detalhe de que ele espera que a empresa economize “milhões e milhões de dólares” por meio deste acordo. Se esse dinheiro sairá dos salários dos criativos é algo que só podemos especular agora, mas não seria surpreendente.
Quanto ao novo aliado da Lionsgate, como muitas empresas de IA, a Runway tem enfrentado acusações de roubo de conteúdo para treinar seu sistema. Um ex-funcionário denunciou em julho supostas planilhas internas demonstrando que a Runway utilizou vídeos do YouTube de empresas como Disney, Netflix e importantes veículos de mídia para treinar seu modelo Gen-3. Um grupo de artistas também está processando a Runway e outros players como a Stability AI por violação de direitos autorais, segundo a Artnet. Os autores ganharam uma vitória em agosto, com o juiz distrital da Califórnia, William Orrick, encontrando que haviam argumentado razoavelmente que essas empresas haviam violado os direitos dos artistas.
Redação Confraria Tech
Referências:
Lionsgate signs a deal with the devil (an AI startup)