A “dúvida profunda” é o ceticismo em relação à mídia real que surge da existência da inteligência artificial generativa. Isso se manifesta como um amplo ceticismo público em relação à veracidade de artefatos midiáticos, o que por sua vez leva a uma consequência notável: as pessoas agora podem alegar de forma mais credível que eventos reais não aconteceram e sugerir que evidências documentais foram fabricadas usando ferramentas de IA.
O conceito por trás da “dúvida profunda” não é novo, mas seu impacto no mundo real está se tornando cada vez mais evidente. Desde que o termo “deepfake” surgiu em 2017, temos observado uma rápida evolução nas capacidades de mídia gerada por IA. Isso tem levado a exemplos recentes de dúvida profunda em ação, como teóricos da conspiração alegando que o Presidente Joe Biden foi substituído por um holograma alimentado por IA e a acusação infundada do ex-Presidente Donald Trump em agosto de que a Vice-Presidente Kamala Harris usou IA para falsificar o tamanho das multidões em seus comícios. E na sexta-feira, Trump novamente invocou a “IA” ao ver uma foto dele com E. Jean Carroll, uma escritora que o processou com sucesso por agressão sexual, contradizendo sua alegação de nunca tê-la conhecido.
Redação Confraria Tech
Referências:
Due to AI fakes, the “deep doubt” era is here