Em estados que proibiram o aborto, a esterilização aumentou após o caso de Dobbs e continuou a subir.


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A restrição ao acesso ao aborto tem impactos significativos na saúde reprodutiva das mulheres, como aponta um novo relatório publicado na JAMA. De acordo com o estudo, em estados que implementaram proibições totais ou quase totais ao aborto, a taxa de esterilizações entre mulheres em idade reprodutiva aumentou em 19% em julho de 2022. Esse aumento inicial também foi observado em nível nacional, com estados que limitaram ou protegeram o acesso ao aborto registrando um aumento de 17%.

No entanto, após esse período inicial, os estados com proibições viram uma tendência divergente. Aqueles que limitaram ou protegeram o acesso ao aborto observaram que o número de procedimentos de esterilização se estabilizou após julho de 2022. Em contraste, os estados com proibições continuaram a registrar aumentos, com um aumento mensal de 3% no uso de procedimentos de esterilização de julho a dezembro de 2022.

Esses dados ressaltam a importância do acesso ao aborto seguro e legal como parte integral da saúde reprodutiva das mulheres. Restrições excessivas podem levar a consequências indesejadas, como o aumento da busca por procedimentos de esterilização. É fundamental que políticas e decisões relacionadas à saúde reprodutiva sejam embasadas em evidências científicas e no respeito aos direitos das mulheres.

Redação Confraria Tech

Referências:
In abortion ban states, sterilization spiked after Dobbs and kept climbing


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admin