A análise considerou três conteúdos do Facebook contendo a frase “Do Rio ao Mar”, que muitos consideram pró-Palestina, referente à faixa de terra entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo. O slogan é politicamente carregado, com diferentes interpretações e significados. Críticos, como a Liga Anti-Difamação, a consideram um “slogan antissemita comumente usado em campanhas anti-Israel”. Outros, como a deputada Rashida Tlaib, a veem como “um chamado aspiracional à liberdade, direitos humanos e convivência pacífica, não à morte, destruição ou ódio”.
O conselho concluiu que a frase em si não incita à violência contra um grupo de pessoas, à exclusão de um grupo específico ou a um apoio incondicional ao Hamas. Além disso, ressaltou a importância de avaliar o contexto em torno do uso da frase ao analisar o conteúdo dos usuários.
O conselho também expressou preocupações sobre o fechamento da ferramenta de análise de dados CrowdStrike em agosto e pediu maior transparência para o novo sistema. O CrowdStrike era uma ferramenta de pesquisa gratuita usada por veículos de notícias, pesquisadores e outros grupos para acompanhar a disseminação de informações em plataformas como Facebook e Instagram.
O Meta substituiu a ferramenta pelo Meta Content Library, um sistema de análise de dados muito mais controlado, com regras de acesso mais rígidas. A Biblioteca de Conteúdo restringe o acesso a candidatos que trabalhem com “uma instituição acadêmica qualificada ou uma instituição de pesquisa qualificada” comprometida com “um empreendimento sem fins lucrativos”, de acordo com as diretrizes do Facebook.
O conselho recomendou que o Meta integre pesquisadores, grupos e jornalistas qualificados dentro de três semanas após a apresentação de uma inscrição. Também recomendou que o Meta “garanta que sua Biblioteca de Conteúdo seja um substituto adequado para o CrowdTangle”, de acordo com a decisão.
Redação Confraria Tech
Referências:
Meta’s Oversight Board says phrase ‘From the River to the Sea’ should not be banned