Paris se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de 2024 em meio a um intenso esquema de segurança. Com 40 mil barreiras dividindo a cidade, policiais patrulham as ruas de paralelepípedos, enquanto o rio Sena está restrito a quem possui um código QR pessoal. Soldados vestidos em caqui, presentes desde os ataques terroristas de 2015, permanecem próximos a uma padaria à beira do canal, portando grandes armas.
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, justifica as medidas como vigilância necessária, diante do que descreve como o “maior desafio de segurança que qualquer país já teve que organizar em tempos de paz”. Ele revela que indivíduos potencialmente perigosos, incluindo radicais islâmicos, membros da extrema esquerda e da extrema direita, foram identificados tentando trabalhar ou se voluntariar nos Jogos. Além disso, um cidadão russo foi preso sob suspeita de planejar atos de “desestabilização” em larga escala durante o evento.
Enquanto os parisienses reclamam dos fechamentos de ruas e ciclovias, grupos de direitos humanos denunciam os “riscos inaceitáveis aos direitos fundamentais”. Essa preocupação com a segurança não é novidade nos Jogos Olímpicos, sendo caracterizada como tradição. Desta vez, as medidas de segurança menos visíveis têm gerado controvérsias, especialmente o uso de inteligência artificial para analisar imagens de CCTV em busca de ameaças.
A cidade de Paris se prepara para receber atletas e espectadores de todo o mundo, mas a atenção está voltada para as complexas medidas de segurança que envolvem o evento.
Redação Confraria Tech
Referências:
At the Olympics, AI is watching you