Com a constante guerra comercial entre Estados Unidos e China, o presidente norte-americano Donald Trump mais uma vez deixou claro sua postura protecionista ao ameaçar impor uma tarifa de 25% sobre iPhones importados. O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva no último domingo (23/05) e gerou grande repercussão no mercado de tecnologia e entre os consumidores.
De acordo com Trump, a medida é uma forma de incentivar as empresas a produzirem seus dispositivos dentro do território americano, gerando empregos e fortalecendo a economia do país. Ele ainda mencionou a possibilidade de aumentar ainda mais as tarifas caso seja necessário.
A notícia caiu como uma bomba para a Apple, que atualmente produz a maioria de seus iPhones na China. A empresa já havia enfrentado uma situação semelhante em 2019, quando Trump ameaçou impor uma tarifa de 10% sobre os produtos importados do país asiático. Na época, a empresa conseguiu contornar a situação e evitar o aumento de preços para os consumidores.
No entanto, com a nova ameaça de tarifas de 25%, a situação se torna ainda mais delicada para a Apple. De acordo com uma análise realizada pela consultoria IDC, cerca de 90% dos iPhones vendidos nos Estados Unidos são importados da China. Ou seja, a medida de Trump poderia ter um impacto significativo nos negócios da empresa.
Além disso, a Apple já enfrenta outros desafios em relação à produção de seus dispositivos. Com a pandemia de COVID-19, muitas fábricas na China precisaram paralisar suas atividades, o que afetou a produção e o abastecimento de componentes para a empresa. Com a imposição da tarifa, a situação poderia se tornar ainda mais complicada, já que a empresa teria que lidar com um aumento de custo na importação dos aparelhos e ainda enfrentar possíveis atrasos na produção.
Não é apenas a Apple que seria afetada com essa medida de Trump. Outras gigantes da tecnologia, como a Samsung e a Huawei, também produzem seus smartphones na China e poderiam ser impactadas pela tarifa. Além disso, empresas que utilizam componentes chineses em seus produtos, como a Tesla e a Dell, também seriam afetadas.
Diante dessa situação, muitos especialistas e analistas do mercado já se pronunciaram ressaltando os riscos que a imposição da tarifa poderia trazer. Segundo eles, além do impacto nos negócios das empresas, os consumidores também seriam diretamente afetados com um possível aumento nos preços dos smartphones.
Além disso, a medida de Trump poderia gerar uma reação em cadeia em outros setores da economia, já que muitas empresas americanas dependem da China para a produção de seus produtos. Com o aumento do custo de importação, essas empresas poderiam enfrentar dificuldades e até mesmo demissões em massa.
Por outro lado, existem aqueles que acreditam que a imposição da tarifa poderia incentivar a produção local e gerar empregos nos Estados Unidos. No entanto, é importante lembrar que a Apple já possui uma fábrica no país, localizada no estado do Texas, que emprega cerca de 10 mil funcionários. A empresa também anunciou recentemente um investimento de US$ 430 bilhões em projetos e empregos nos EUA nos próximos cinco anos.
Além disso, é preciso considerar que a China é a maior fornecedora de componentes eletrônicos do mundo. Com a imposição da tarifa, as empresas americanas teriam que encontrar novos fornecedores, o que poderia gerar atrasos e aumentar ainda mais os custos de produção.
Diante desse cenário, é difícil prever qual será o desfecho dessa situação. A Apple ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ameaça de Trump, mas é provável que a empresa esteja buscando alternativas para minimizar o impacto da tarifa em seus negócios. O mercado também aguarda por novidades e possíveis negociações entre os governos dos Estados Unidos e da China.
Enquanto isso, os consumidores ficam apreensivos com a possibilidade de um aumento nos preços dos iPhones. Afinal, além do impacto econômico, muitas pessoas dependem desses dispositivos para trabalhar, estudar e se manterem conectados em meio à pandemia. Resta aguardar para saber se a ameaça de Trump se concretizará e quais serão as consequências para o mercado de tecnologia e para os consumidores.
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