Juiz pressiona Apple a aprovar Fortnite ou voltar à Corte: entenda o caso por trás da briga entre gigantes tecnológicas!


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This illustration picture shows a person waiting for an update of Epic Games' Fortnite on their smartphone in Los Angeles on August 14, 2020. - Apple and Google on August 13, 2020 pulled video game sensation Fortnite from their mobile app shops after its maker Epic Games released an update that dodges revenue sharing with the tech giants. (Photo by Chris DELMAS / AFP) (Photo by CHRIS DELMAS/AFP via Getty Images)

Em meio a uma batalha legal entre duas das maiores empresas de tecnologia do mundo, o juiz Yvonne Gonzalez Rogers pressiona a Apple a tomar uma decisão sobre o futuro do jogo Fortnite em sua App Store. A disputa entre a Epic Games, desenvolvedora do jogo, e a gigante de Cupertino começou em agosto de 2020, quando a empresa de jogos decidiu burlar as regras da App Store e oferecer uma forma de pagamento alternativa para os jogadores, contornando a comissão de 30% cobrada pela Apple em todas as transações realizadas na loja virtual.

Desde então, a Epic Games tem lutado para manter seu jogo disponível na App Store, enquanto a Apple se recusa a permitir qualquer tipo de exceção às suas regras. A disputa chegou a um novo capítulo nesta semana, quando o juiz Rogers pressionou a Apple a tomar uma decisão sobre o caso ou se preparar para voltar à corte.

A briga entre as duas empresas levanta questões importantes sobre o papel das gigantes da tecnologia no mercado e o poder que elas exercem sobre os desenvolvedores de aplicativos. Além disso, o caso também coloca em evidência a discussão sobre a comissão cobrada pelas lojas virtuais em todas as transações realizadas por meio de seus aplicativos.

De acordo com dados da Sensor Tower, empresa especializada em análise de mercado de aplicativos, a App Store da Apple gerou cerca de US$ 72,3 bilhões em receita em 2020, sendo que aproximadamente US$ 22,2 bilhões foram provenientes de jogos. Isso significa que a comissão de 30% cobrada pela Apple resultou em um lucro de mais de US$ 6,6 bilhões somente com jogos.

Por outro lado, a Epic Games alega que a comissão de 30% é injusta e abusiva, principalmente para os desenvolvedores de jogos, que muitas vezes precisam arcar com altos custos de produção. Em um comunicado divulgado em agosto de 2020, a empresa afirmou que “a Apple cobra taxas exorbitantes em pagamentos no aplicativo, usando seu monopólio no mercado de dispositivos móveis para extrair lucros antiéticos de cada transação”.

O caso entre a Epic Games e a Apple é apenas um dos muitos que estão em discussão nos tribunais ao redor do mundo. A empresa de jogos também moveu uma ação contra a Google, alegando práticas monopolistas na Play Store, loja virtual de aplicativos para dispositivos Android.

A briga entre as empresas de tecnologia e os desenvolvedores de aplicativos não é nova e vem sendo discutida há anos. No entanto, com o crescimento do mercado de aplicativos e a dependência cada vez maior das pessoas em relação a eles, o debate se tornou ainda mais urgente e relevante.

Alguns especialistas acreditam que é preciso haver uma regulamentação mais rígida em relação às comissões cobradas pelas lojas virtuais, para evitar que as empresas de tecnologia exerçam um monopólio e se tornem ainda mais poderosas. Além disso, é preciso garantir que os desenvolvedores de aplicativos tenham condições de competir no mercado sem que sejam prejudicados pelas altas taxas cobradas pelas lojas virtuais.

Em uma declaração à imprensa, a Apple afirmou que “o mercado de aplicativos é um ambiente altamente competitivo, com oportunidades para desenvolvedores de todos os tamanhos”. A empresa também destacou que a maior parte dos aplicativos na App Store são gratuitos e que os desenvolvedores se beneficiam do ecossistema e das ferramentas de desenvolvimento oferecidas pela empresa.

No entanto, a disputa entre a Epic Games e a Apple demonstra que ainda há muito a ser discutido e regulamentado no mercado de aplicativos. Enquanto as gigantes da tecnologia lutam por seus interesses financeiros, os desenvolvedores e os consumidores podem acabar sendo prejudicados.

Voltando ao caso específico do Fortnite, o jogo continua indisponível na App Store desde agosto de 2020, o que tem impactado diretamente a receita da Epic Games. De acordo com dados da Sensor Tower, a empresa perdeu cerca de US$ 27 milhões em receita somente no mês de setembro de 2020, após a remoção do jogo da loja virtual da Apple.

Além disso, a indisponibilidade do jogo na App Store também pode prejudicar os usuários, que não têm mais acesso às atualizações e melhorias do jogo. Isso pode acabar afastando os jogadores e levando a uma queda na popularidade do jogo, que hoje conta com mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo.

Enquanto o juiz Rogers e a Apple continuam pressionando um ao outro para tomar uma decisão, a batalha entre a Epic Games e a gigante de Cupertino ainda está longe de acabar. No entanto, o caso já deixou claro que é preciso haver uma regulamentação mais rígida em relação às práticas das empresas de tecnologia, para garantir que o mercado de aplicativos seja justo e equilibrado para todos os envolvidos.

Referência:
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