A Fog Data Science, responsável por essa coleta de informações, se apresenta como uma empresa que “aproveita o poder dos dados para proteger a segurança nacional e fornecer inteligência acionável para a aplicação da lei”. Para isso, a empresa disponibiliza um “Formulário de Intake” onde a polícia pode solicitar informações sobre locais onde suspeitos e seus dispositivos móveis podem ser encontrados. O formulário, obtido pela 404 Media, orienta os policiais a listar endereços de casas de amigos e familiares, além de escritórios de associados, e, é claro, consultórios de médicos e advogados.
O que chama a atenção é que a Fog Data já possui um vasto banco de dados de informações de localização, coletadas a partir dos sinais de geolocalização dos smartphones. Isso significa que, mesmo antes de qualquer solicitação específica da polícia, a empresa já teria acesso a informações sobre consultórios médicos e diversos outros tipos de locais. Os detalhes fornecidos pelos policiais no formulário parecem facilitar buscas mais precisas no banco de dados da Fog Data, permitindo descobrir quando os suspeitos visitaram determinados locais. O formulário também pede que os policiais identifiquem o nome da pessoa de interesse e/ou apelidos conhecidos, além de qualquer ligação com atividades criminosas.
Essa situação levanta importantes discussões sobre a utilização de dados pessoais e o equilíbrio entre a segurança pública e a privacidade dos cidadãos. À medida que a tecnologia avança, é essencial que todos nós estejamos cientes de como nossos dados estão sendo usados e quem tem acesso a eles. A transparência nesse processo é fundamental para garantir que medidas de segurança não comprometam nossos direitos individuais.
Acompanharemos de perto essa história e suas ramificações, uma vez que o tema dos dados pessoais e sua utilização na segurança pública se torna cada vez mais relevante em nossa sociedade conectada.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Location data firm helps police find out when suspects visited their doctor
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