Embora ainda não tenha aberto uma investigação formal, a Comissão está coletando informações que pediu em outubro, incluindo chats internos, apresentações e e-mails relacionados aos anúncios no YouTube. Para reunir esses dados, o Google conduziu uma investigação interna, batizada de “Tangerine Owl”.
O que chamou a atenção foi a revelação de que alguns funcionários do Google estavam utilizando uma estratégia para contornar a proibição de anúncios direcionados a menores de 18 anos. Em vez de direcionar anúncios especificamente a esse público, eles instruíram a Meta a veicular anúncios para um grupo denominado “desconhecido”, que, segundo dados internos, continha uma quantidade significativa de usuários menores de idade. Essa colaboração entre Google, Meta e a agência de mídia Spark Foundry resultou em um programa piloto de anúncios no Canadá, que depois foi ampliado para os Estados Unidos. No entanto, após a divulgação pública da situação, as empresas decidiram interromper a expansão para outros países e plataformas da Meta.
Essa não é a primeira vez que Google e Meta enfrentam problemas relacionados às suas práticas publicitárias. Em 2022, as duas empresas foram alvo de investigações antitruste tanto da Comissão Europeia quanto da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido, embora esses casos tenham sido encerrados sem penalidades.
A situação atual levanta questões importantes sobre a ética das práticas publicitárias e a responsabilidade das empresas em proteger os menores de idade no ambiente digital. À medida que a tecnologia avança, é crucial que as regulamentações acompanhem essas mudanças, garantindo que os jovens usuários estejam seguros e protegidos de estratégias de marketing que possam ser prejudiciais.
Redação Confraria Tech.
Referências:
EU digs further into Google and Meta’s secret ad campaign targeting minors
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