Estudos anteriores já tinham sugerido que as aranhas poderiam reagir a estímulos sonoros. Por exemplo, pesquisadores descobriram que um simples estalo de dedos próximo a uma aranha poderia fazer com que ela liberasse sua teia, revelando que as vibrações sonoras influenciam sua decisão de atacar. A confirmação dessa hipótese foi apresentada em um novo artigo publicado no Journal of Experimental Biology, reforçando a importância de sons e vibrações na caça dessas criaturas.
Embora muitas aranhas orbiculares (que tecem formas circulares de teias) mantenham suas armadilhas fixas e aguardem pacientemente que suas presas se aproximem, existem espécies que adotam uma abordagem mais dinâmica e ativa. A aranha tecelã-triangular, por exemplo, é capaz de “armazenar energia” em sua teia triangular, acionando uma rápida reação assim que um inseto toca a rede. Em frações de segundo, os fios envolvem a presa, tornando a captura quase instantânea.
Outra abordagem interessante vem das aranhas-bolas, que parecem ter uma habilidade auditiva notável. Elas detectam presas nas proximidades e lançam uma linha de seda com uma extremidade pegajosa em direção aos mariposas que passam. Já as aranhas da face-ogre também demonstram essa sensibilidade acústica, atacando para trás com uma pequena rede de seda que seguram com as patas dianteiras. Essa estratégia de caça é muito mais proativa do que simplesmente esperar que os insetos voem para dentro da teia.
Essas descobertas não apenas revelam a complexidade do comportamento das aranhas, mas também abrem novas portas para o entendimento da comunicação entre espécies e como diferentes formas de percepção influenciam a sobrevivência. As aranhas são, sem dúvida, fascinantes, e suas técnicas inovadoras de caça nos ensinam muito sobre a diversidade das estratégias de vida no reino animal.
Redação Confraria Tech.
Referências:
These spiders listen for prey before hurling webs like slingshots
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