Por várias horas, parecia que as chamas poderiam reduzir a catedral, com 800 anos de história, a cinzas. No entanto, após uma longa noite de intensos esforços de mais de 400 bombeiros de Paris, o fogo finalmente começou a se apagar e a atenção se voltou para o que poderia ser salvo e reconstruído. O presidente francês Emmanuel Macron prometeu restaurar Notre Dame à sua antiga glória e estabeleceu um prazo de cinco anos para isso. Apesar de alguns atrasos causados pela pandemia de COVID-19, a França quase cumpriu esse prazo.
Os esforços de reconstrução foram facilitados pelo trabalho do cientista Andrew Tallon, que, alguns anos antes do incêndio, utilizou tecnologia de laser para criar mapas detalhados da parte interna e externa da catedral. Essas informações se mostraram uma ferramenta inestimável para Paris na reconstituição dessa estrutura tão emblemática. Além disso, acústicos franceses realizaram medições minuciosas da “paisagem sonora” de Notre Dame, informações que foram fundamentais para ajudar os arquitetos a considerarem a acústica em seus planos de reconstrução. O resultado desse trabalho permitiu até que Brian FG Katz, diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da Universidade Sorbonne, criasse uma versão em realidade virtual de Notre Dame, com todos os parâmetros acústicos adequadamente incorporados.
A reabertura de Notre Dame não é apenas um marco para a história e cultura francesas, mas também um testemunho da resiliência e inovação diante de desafios imensos. Este projeto de restauração destaca como a tecnologia, a ciência e a arte podem se unir para preservar o que é precioso para a humanidade.
Redação Confraria Tech.
Referências:
A peek inside the restoration of the iconic Notre Dame cathedral
