A Meta diz que o conteúdo gerado por IA foi menos de 1% da desinformação sobre as eleições.


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Uma nova análise realizada pela Meta trouxe à tona informações surpreendentes sobre o papel do conteúdo gerado por inteligência artificial (IA) na desinformação eleitoral global. Após meses de preocupações por parte de governantes e pesquisadores, especialmente com a aproximação de um ano eleitoral que prometia mobilizar mais de 2 bilhões de pessoas, os dados revelaram que a presença de informações falsas geradas por IA foi significativamente menor do que o esperado.

De acordo com a empresa, apenas uma fração inferior a 1% do conteúdo relacionado a eleições, política e temas sociais que foi verificado pelos checadores de fatos estava relacionado à IA. Essa informação se referiu a diversas eleições importantes, incluindo as dos Estados Unidos, Reino Unido, Índia e Brasil, entre outras. O presidente de Assuntos Globais da Meta, Nick Clegg, comentou que os receios sobre o impacto das tecnologias de IA, especialmente no que se refere a deepfakes e campanhas de desinformação, não se materializaram de forma significativa nas plataformas da empresa.

Clegg enfatizou que a vigilância realizada revelou que os riscos associados à IA foram modestos e limitados. Ele destacou que, embora a quantidade de conteúdo que a Meta gerencia diariamente seja imensa, a implementação de políticas mais rigorosas, como a ampliação da rotulagem de IA, foi essencial para mitigar a desinformação. Por exemplo, a ferramenta de geração de imagens da Meta bloqueou 590.000 tentativas de criar imagens de figuras políticas proeminentes na véspera das eleições nos EUA.

Em um movimento que reflete uma busca por maior neutralidade, a Meta tem se esforçado para se distanciar da política. As configurações padrão do Instagram e Threads agora não recomendam mais conteúdos políticos, e o Facebook está priorizando menos notícias em seu feed. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, reconheceu que a empresa cometeu erros na gestão da desinformação durante a pandemia e expressou o desejo de aprimorar a maneira como as políticas de informação são aplicadas.

Ao olhar para o futuro, Clegg destacou a importância de encontrar um equilíbrio entre a aplicação de regras e a promoção da liberdade de expressão. Ele reconheceu que os erros existentes nas políticas de moderação ainda são altos, o que pode interferir na expressão livre dos usuários. A intenção da Meta é aprimorar a precisão e a eficácia de suas ações, garantindo um ambiente virtual que minimize a desinformação sem sacrificar o diálogo aberto.

Esses desdobramentos nos dão uma visão mais clara de como as plataformas digitais estão se preparando para enfrentar os desafios da desinformação, especialmente em tempos de eleições importantes. Com uma abordagem cuidadosa e dados que sugerem um impacto menor do que o previsto da IA na desinformação eleitoral, observamos que a luta contra as fake news continua, mas de uma forma que busca, sobretudo, garantir a liberdade de expressão em meio a uma era digital cada vez mais complexa.

Redação Confraria Tech.

Referências:
Meta says AI-generated content was less than 1 precent of election misinformation


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