
No entanto, uma reviravolta surpreendente surgiu: Bauer nunca fez essa declaração. A afirmação foi fabricada e, mesmo assim, conseguiu atrair quase 250 mil visualizações na plataforma X, sendo amplamente compartilhada por figuras como Alex Jones. O que leva histórias como essa a ganhar tanta tração nas redes sociais?
William J. Brady, pesquisador da Universidade Northwestern, sugere que a maioria dos estudos sobre desinformação parte do pressuposto de que as pessoas desejam ser precisas em suas informações. No entanto, ele aponta que diversos fatores podem desviar essa atenção. O ambiente das redes sociais, a dificuldade em entender as notícias ou a confusão em relação às fontes podem contribuir para isso. O que Brady e sua equipe descobriram é que quando um conteúdo provoca indignação, as pessoas tendem a compartilhá-lo sem nem mesmo clicar no artigo original. Em outras palavras, a raiva pode fazer com que nos importemos muito menos com a veracidade do que nos deixa furiosos.
Esse fenômeno nos leva a refletir sobre o papel das emoções na disseminação de informações. A indignação, por sua natureza intensa, pode ofuscar nosso senso crítico, levando-nos a propagar conteúdos que, de outra forma, poderíamos questionar. Assim, é fundamental que, como consumidores de notícias, busquemos sempre verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las. Afinal, em um mundo onde a desinformação se espalha rapidamente, a responsabilidade de cada um de nós é crucial para garantir que o que circula seja, de fato, verdadeiro.
Redação Confraria Tech.
Referências:
People will share misinformation that sparks “moral outrage”