Imagine que em um sistema monolítico, todas as partes do seu aplicativo estão interligadas como se fossem os vários cômodos de uma casa. Se você quiser fazer uma reforma em um cômodo, precisará considerar como isso afetará toda a estrutura da casa. Da mesma forma, em um monólito, alterar um recurso pode impactar diversas funcionalidades do sistema, tornando o processo de atualização complicado e demorado.
Por outro lado, nos microserviços, cada parte do aplicativo opera de forma independente, como se cada cômodo da casa fosse uma pequena casa própria. Isso possibilita que você faça mudanças em um cômodo sem se preocupar com o restante da casa. A promessa é de um desenvolvimento mais rápido e uma fácil escalabilidade. No entanto, essa configuração também traz um novo conjunto de desafios.
O que parece ser simples na teoria pode se transformar em um labirinto na prática. A integração entre os microserviços pode aumentar a complexidade do sistema. É preciso gerenciar múltiplas aplicações, lidar com comunicação entre elas e garantir que cada serviço é responsável por uma parte específica da funcionalidade global, sem causar confusão. Isso pode gerar mais pontos de falha e complicar a manutenção do sistema.
Portanto, enquanto a ideia de microserviços é, sem dúvida, atraente, é fundamental ser realista sobre os desafios que a acompanham. A mudança exige planejamento cuidadoso, uma boa arquitetura e uma equipe bem preparada. Para muitas empresas, especialmente aquelas que estão acostumadas a uma arquitetura monolítica, a transição pode acabar se tornando uma batalha mais complicada do que o esperado.
E com tantas opções e caminhos a seguir, a construção de um sistema ainda mais robusto pode exigir dedicação, paciência e uma disposição extra para resolver problemas inesperados. Se você está considerando a migração para microserviços, é essencial pesar o prós e contras, estar preparado para um aprendizado constante e lembrar que, no final, o objetivo é sempre criar um sistema mais eficiente e prático.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Why microservices might be finished as monoliths return with a vengeance
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