Birch argumenta que até mesmo os insetos podem ter sentiência, que ele define como a capacidade de ter experiências que podem ser positivas ou negativas. No mínimo, ele sugere que insetos, assim como todos os vertebrados e alguns invertebrados, são “candidatos à sentiência”. Isso significa que esses animais podem ser conscientes e, até que se prove o contrário, devemos considerá-los como tal.
Embora possa ser difícil para nós, mamíferos, compreender a sentiência dos insetos, é mais fácil imaginar que outros vertebrados têm a capacidade de vivenciar a vida de maneira consciente. Além disso, não é surpreendente que certos invertebrados, como polvos e outros moluscos cefalópodes (squid, cuttlefish e nautilus), também se encaixem nessa categoria. Para ilustrar isso, desde 1986, o polvo comum, conhecido como Octopus vulgaris, está protegido pela Lei de Procedimentos Científicos sobre Animais do Reino Unido (ASPA). Isso mostra que a ideia de que os invertebrados podem ser capazes de sentir estados de consciência, como contentamento, medo, prazer e dor, não é nova.
Essas discussões nos convidam a refletir sobre como interagimos com o mundo ao nosso redor. Afinal, a consciência e a capacidade de sentir não são privilégios exclusivos dos mamíferos. É fundamental levar em conta o bem-estar de todos os seres vivos, independentemente de sua classificação na árvore da vida.
Essa nova perspectiva sobre a sentiência nos desafia a ser mais atentos e respeitosos em nossas ações diárias. Compreender que todos os seres vivos, até mesmo os menores e aparentemente mais simples, podem ter experiências valiosas e emocionais é um passo importante em direção a um mundo mais empático e justo.
Redação Confraria Tech.
Referências:
How should we treat beings that might be sentient?
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