Após algumas experimentações com o modelo Neo S, a empresa apresentou a versão Nitro Deck+, que mantém a mesma proposta de um deck portátil para o seu Switch, mas sem Joy-Cons destacáveis (eliminando assim o problema do drift). Essa nova versão também conta com botões programáveis e, para quem já testou, um toque mais agradável na pegada.
Uma das mudanças visuais mais notáveis é a adoção de thumbsticks simétricos, que fazem o Nitro Deck+ parecer mais um controladora de um Steam Deck do que um acessório para Switch. Ambos os joysticks agora têm sensores de Efeito Hall, que são sem contato. Isso significa que a probabilidade de sofrer com drift é muito menor e a durabilidade dos sticks deve ser consideravelmente maior. Para quem vem dos Joy-Cons, essa é uma ótima notícia.
A nova disposição dos sticks pode gerar controvérsias, especialmente para quem está acostumado a jogar com os Joy-Cons. Agora, os sticks estão posicionados acima dos botões A, B, X e Y, lembrando mais o layout de muitos consoles de PC. A mudança foi feita com base no feedback dos usuários, mas quem já está habituado ao hardware original pode sentir uma certa dificuldade de adaptação. Para ser sincero, ainda sinto falta do layout assimétrico tradicional.
Outra novidade são os quatro botões traseiros remapeáveis, agora acompanhados de botões “Sidekick” posicionados ao lado de cada stick analógico. Isso soma seis botões extras para explorar. Testei esses novos botões, principalmente para alternar armas, e o layout padrão funcionou perfeitamente para a maioria dos jogos do meu catálogo do Switch.
Se você costuma jogar shooters competitivos, é provável que não utilize o Switch em modo portátil. Na verdade, exceto por Super Smash Bros., muitos jogadores optam por outras plataformas. No entanto, os novos botões são bem posicionados, evitando toques acidentais, um problema que eu costumava ter com os botões personalizados do modelo anterior.
Uma atualização interessante é a possibilidade de ajustar a sensibilidade dos gatilhos, um recurso que não estava disponível no lançamento do Nitro Deck, mas que agora pode ser acessado através de uma atualização de firmware. Para ajustar, basta pressionar o botão ZL (por exemplo) e o botão de mais por três segundos. O LED piscará em ciano, e você poderá aumentar ou diminuir a distância necessária para pressionar o gatilho. O Nitro Deck+ indicará suas configurações vibrando até três vezes. Essa personalização é um grande atrativo para um console portátil, e os gatilhos parecem oferecer um pouco mais de viagem em comparação ao modelo anterior.
Outra melhoria em relação ao seu predecessor é que as tampas dos thumbsticks substituíveis agora têm uma aderência muito melhor. No modelo anterior, elas costumavam se soltar enquanto eu guardava o Switch na mochila, e algumas vezes até voaram pelo vagão do trem. No Nitro Deck+, elas estão mais firmes.
Quanto à função de vibração, que eu já havia desligado ao iniciar os testes, a CRKD afirma ter aprimorado a vibração ajustável com motores e drivers atualizados. Embora a diferença na sensação seja sutil, o barulho é bem mais notável. O modelo original era um controlador barulhento, enquanto o Deck+ se aproxima mais da experiência de HD rumble do Switch.
As principais vantagens do Nitro Deck continuam presentes: um corpo mais robusto para segurar, botões e gatilhos mais substanciais, além de um pass-through USB-C inteligente para carregar enquanto joga, com uma porta USB-C extra para conectar periféricos.
Embora eu não tenha utilizado muitos dos novos botões personalizados, jogadores dedicados do Switch podem encontrar mais utilidade neles. A decisão de optar pelo Nitro Deck+ ou pelo modelo anterior vai depender do que você considera mais confortável em termos de disposição dos sticks. Essa é a maior diferença e, para alguns, pode ser o grande atrativo deste novo modelo.
Redação Confraria Tech.
Referências:
CRKD’s Nitro Deck+ keeps its best features and adds typical stick layout
