Embora a expressão “o espaguete mais fino do mundo” possa soar engraçada, o amido tem aplicações importantes na medicina. Por exemplo, as nanofibras de amido podem ajudar na cicatrização de feridas quando utilizadas em curativos, pois conseguem bloquear a entrada de bactérias enquanto permitem a passagem de umidade. Em vez de passar pelo processo intensivo de energia para refinar o amido de suas próprias plantas, os químicos optaram por usar farinha comprada e criaram suas fibras diretamente a partir dela. O método utilizado para produzir essas nanofibras é chamado de eletrofiação, onde uma carga elétrica puxa uma mistura de farinha e líquido através de pequenos buracos metálicos, transformando-a em fios que medem apenas nanômetros.
O processo de extrusão é semelhante ao que se faz para preparar um espaguete convencional, que acompanharia um delicioso molho à bolonhesa ou almôndegas, mas em uma escala muito, muito menor. Apesar de ser um avanço promissor, ainda há muito a ser estudado antes que esse produto chegue aos consultórios médicos. Essa pesquisa representa um passo em direção a nanofibras de amido mais sustentáveis.
E, embora eu pagaria para ver chefs tentando explicar essa massa invisível em um programa de culinária, é improvável que a eletrofiação se torne a nova sensação da gastronomia molecular. Como disse o professor Gareth Williams, coautor do estudo: “Infelizmente, não acho que seja útil como espaguete, pois cozinharia em menos de um segundo, antes que você pudesse tirá-lo da panela.”
Redação Confraria Tech.
Referências:
Chemists have created the world’s thinnest spaghetti