
Brumidi utilizou diversas técnicas artísticas, sendo os afrescos uma de suas especialidades. No entanto, a preservação dessas obras enfrenta desafios significativos, como a delaminação. Esse fenômeno ocorre quando as camadas de gesso decorativo se separam da alvenaria subjacente, criando bolsas de ar que podem comprometer a integridade dos murais. Identificar com precisão onde essas áreas delaminadas estão localizadas e qual a sua forma exata é crucial para os esforços de conservação, mas muitas vezes esse dano não é visível a olho nu.
Para enfrentar esse desafio, o acústico Nicholas Gangemi faz parte de um grupo de pesquisa liderado por Joseph Vignola na Universidade Católica da América. Eles estão utilizando uma técnica inovadora chamada vibrometria a laser Doppler, que permite identificar as áreas delaminadas dos afrescos do Capitólio de forma não invasiva. Essa técnica envolve a emissão de ondas sonoras que “zapeiam” os afrescos, medindo as assinaturas vibracionais que retornam. Essas informações são fundamentais para entender as condições estruturais das obras, permitindo que os conservadores realizem reparos precisos e eficazes, garantindo que esses tesouros artísticos sejam preservados para as futuras gerações.
A combinação de arte e tecnologia não só enriquece nosso patrimônio cultural, mas também nos ensina a importância de cuidar e preservar essas obras que contam a história da nação. É fascinante ver como a ciência e a arte podem trabalhar juntas em harmonia, garantindo que a beleza do Capitólio continue a encantar e inspirar todos que o visitam.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Study: Yes, tapping on frescoes can reveal defects