Uma das principais novidades é a mecânica chamada “Stringify”, que permite que os personagens, ou “Agentes”, se transformem de modelos 3D em figuras 2D extremamente finas. Essa transformação oferece uma jogabilidade única, permitindo que os Agentes evitem tiros, escalem paredes e até flutuem pelo ar. No entanto, enquanto estiverem “Stringificados”, eles não podem atirar ou usar habilidades, o que cria um equilíbrio interessante. Essa mecânica proporciona momentos emocionantes, como recarregar um rifle sniper enquanto se minimiza a área atingível e se atravessa paredes durante uma troca de tiros. A movimentação é divertida, mas não exagerada, ao contrário de algumas mecânicas vistas em jogos como Call of Duty ou Titanfall.
Cada Agente em Strinova possui habilidades e armas primárias únicas, além de poderem trocar armas secundárias e granadas. Os papéis são bem familiares: snipers, atiradores designados com rifles semiautomáticos, unidades de assalto de médio alcance e lutadores focados em combate corpo a corpo, armados com escopetas. As habilidades variam de suportes defensivos a kits ofensivos de lobo solitário, embora o jogo não incentive confrontos diretos contra grupos de inimigos, já que o tempo para eliminar um adversário é mais longo.
Durante a beta, meu Agente favorito foi Meredith, uma agente de assalto de médio alcance que pode flutuar no ar por mais tempo graças a uma mecânica que desacelera o tempo. Sua jogabilidade é reminiscentemente inspirada na Zephyr de Warframe, que também tem maior tempo no ar. Além disso, Meredith possui habilidades de controle de área que aplicam debuffs, sendo sua habilidade suprema a que drena temporariamente HP e limita a visão dos inimigos.
Outro Agente que se destacou foi Audrey, que tem a habilidade de se transformar em uma metralhadora estacionária, disparando sem recuo ou necessidade de recarga. Contudo, é preciso ter cuidado com o superaquecimento. Ela possui um escudo limitado que bloqueia parte do fogo inimigo enquanto mira, mas há um detalhe: apesar de ser uma máquina de tiros, ela é vulnerável a um único tiro na cabeça de um sniper e pode ser eliminada rapidamente por um usuário de escopeta antes que entre em modo de metralhadora, que tem uma animação de início mais longa.
Durante a beta aberta, pude experimentar quatro modos de jogo: morte em equipe, arena em equipe, escolta e demolição. O modo de escolta é semelhante ao que encontramos em Overwatch, onde uma equipe atacante deve acompanhar um payload até o objetivo. O modo demolição se assemelha ao competitivo de Counter-Strike. No modo de morte em equipe, cinco equipes de três jogadores se enfrentam, enquanto o modo arena adota um formato 7v7. Nos dois últimos modos, as habilidades supremas ficam desativadas.
Com base na minha experiência, Strinova apresenta um tempo de eliminação mais longo, o que força os jogadores a adotarem uma abordagem mais tática, especialmente com a mecânica Stringify permitindo uma movimentação diferenciada. Tive que abandonar meu estilo de jogo agressivo e adotar estratégias de movimentação e espreita para garantir a sobrevivência nas trocas de tiros. A possibilidade de transformar-se em 2D, flutuar e escalar paredes oferece diversas maneiras de surpreender os adversários.
O jogo rodou de maneira fluida no meu laptop gamer, alcançando facilmente 120 FPS e raramente apresentando quedas significativas de quadros. No entanto, enfrentei um bug irritante em que a tecla A era reconhecida como pressionada constantemente. A única maneira de resolver isso foi pausar ou desconectar o teclado, o que se tornou um incômodo, mas espero que seja corrigido até o lançamento.
Aproveitei bastante a experiência na beta aberta de Strinova, que está programada para ser lançada no dia 21 de novembro. O jogo possui muitos outros elementos interessantes, mas o combate realmente se destaca. Embora eu não jogue muitos hero shooters, este me pareceu uma verdadeira joia em meio a tantos títulos por aí.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Strinova’s 2D Stringify mechanic breathes some new life into hero shooters