A Fórmula 1, por exemplo, permitiu oficialmente o uso de tecnologia híbrida a partir de 2009. Em 2014, as regras da categoria exigiram que todos os carros fossem equipados com sistemas de recuperação de energia, que são complexos e custosos. Paralelamente, as corridas de protótipos esportivos também começaram a explorar os motores eletrificados, com a primeira vitória de um carro híbrido nas 24 Horas de Le Mans ocorrendo em 2012.
Entretanto, os orçamentos envolvidos nesses programas eram exorbitantes. Antes da implementação de um teto orçamentário, os gastos das equipes da Fórmula 1 chegavam a centenas de milhões de dólares por ano. No automobilismo de endurance, marcas como Audi e Porsche investiram quantias semelhantes em suas campanhas híbridas no Campeonato Mundial de Endurance (WEC). Embora a Toyota tenha conseguido operar com um orçamento menor, ainda assim gastava mais de 80 milhões de dólares anualmente na metade da década de 2010.
Agora, uma nova mudança está se aproximando. Duas séries de destaque anunciaram que, a partir do próximo ano, deixarão de lado as baterias e motores elétricos, optando por combustíveis sustentáveis. Essa decisão marca um possível fim da era da eletrificação nas corridas, trazendo à tona questões sobre o futuro das tecnologias híbridas no automobilismo.
A transição para combustíveis sustentáveis pode ser vista como uma resposta às crescentes preocupações ambientais e à necessidade de encontrar soluções mais viáveis e acessíveis para o automobilismo. Essa mudança não apenas impactará as equipes e os fabricantes, mas também poderá influenciar a forma como os consumidores veem a evolução dos veículos em suas próprias vidas.
À medida que o automobilismo continua a evoluir, será interessante observar como essas novas direções moldarão o futuro das corridas e, por extensão, das tecnologias automotivas que eventualmente chegarão às ruas. O que está claro é que, independentemente do caminho escolhido, o espírito de inovação e a busca por melhorias continuarão a ser fundamentais nesse emocionante universo.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Racing turns its back on heavy, expensive hybrids for sustainable fuel