Com o advento do Telescópio Espacial James Webb, esse enigma se tornou ainda mais intrigante. Quando a matéria cai em um buraco negro, ela gera radiação. E quanto mais rápido o buraco negro se alimenta, mais radiação é produzida. Essa radiação pode, por sua vez, expulsar a matéria próxima, dificultando o acesso do buraco negro ao seu “almoço”. Isso estabelece um limite para a velocidade de crescimento dos buracos negros, a menos que a matéria seja direcionada diretamente para eles. O Webb foi fundamental para identificar buracos negros supermassivos primordiais que, ao longo de sua existência, pareciam ter estado à beira desse limite.
Mas o Telescópio Webb pode ter encontrado uma solução para esse dilema. Ele detectou um buraco negro que parece ter se alimentado a uma taxa 40 vezes superior ao limite teórico por milhões de anos. Essa taxa de crescimento acelerada é suficiente para formar um buraco negro supermassivo, desafiando as expectativas anteriores sobre como esses gigantes cósmicos se desenvolvem.
Essas descobertas não apenas ampliam nosso entendimento sobre a formação de buracos negros, mas também nos fazem refletir sobre a complexidade e a beleza do universo. Cada nova informação traz à tona mais perguntas e nos aproxima de respostas que, até pouco tempo atrás, pareciam distantes. A jornada para desvendar os mistérios do cosmos continua, e o Telescópio Webb é uma ferramenta essencial nessa exploração.
Redação Confraria Tech.
Referências:
Researchers spot black hole feeding at 40x its theoretical limit