Esse movimento estratégico começou a ser moldado há cerca de oito meses, e o foco está em criar um sistema que permita ao Meta AI acessar informações da web sem depender dos motores de busca tradicionais. A empresa já divulgou sua tecnologia de rastreamento da web, mencionando que ela serviria para treinar modelos de IA e aprimorar produtos, mas não revelou, a princípio, que estava construindo uma infraestrutura de busca. Um dos líderes desse projeto é o gerente sênior de engenharia, Xueyuan Su, que tem a tarefa de transformar essa visão em realidade.
A decisão de buscar mais autonomia não surge do nada. Em 2021, a Meta enfrentou um golpe considerável em suas receitas publicitárias devido à introdução da App Tracking Transparency pela Apple, que fez com que a empresa estimasse prejuízos de mais de 10 bilhões de dólares. Essa situação acendeu um alerta em Mark Zuckerberg, CEO da Meta, que agora vislumbra uma forma de proteger sua empresa de futuras dependências que possam resultar em perdas financeiras.
Os resultados do investimento em inteligência artificial parecem promissores. Zuckerberg divulgou em suas redes sociais que o Meta AI já conta com mais de 185 milhões de usuários ativos semanalmente, números que devem crescer ainda mais com a expansão para mercados como o Reino Unido, Brasil e União Europeia, que ainda não receberam a plataforma. Em comparação, o ChatGPT, da OpenAI, atingiu 250 milhões de usuários ativos na mesma base de tempo.
Com tantas mudanças no cenário tecnológico, é interessante observar como a Meta se adapta e busca inovar, tentando contornar as armadilhas de um mercado que pode ser tanto uma oportunidade quanto uma ameaça. A batalha por uma posição dominante no mundo da inteligência artificial e busca online está apenas começando, e o que vem pela frente certamente chamará a atenção de usuários e especialistas.
Redação Confraria Tech
Referências:
Meta is reportedly developing a search engine for its chatbot